quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Qual o papel da academia?

Alguém um dia ousou dizer que a terra não era o centro do universo, enquanto a igreja e os guardiões da sabedoria da época afirmavam o contrário. Outro afirmou que a terra não era plana e essa aparente insensatez, para a época, provocou mudanças não só no conhecimento mas, principalmente, no comportamento humano.
Já faz algum tempo que me questiono sobre o porquê dos estudantes não poderem expor suas idéias em seus TCCs?
Semana passada presenciei um confronto de ideias, quando se propunha uma modificação em uma pesquisa.
Um dos presentes destacou: “Eu, enquanto doutor, numa banca examinadora lhe reprovaria. Sua tese se baseia em fatos novos e não há comprovação para elas”.
O profissional que apresentava, em defesa do trabalho, contestou com uma retrospectiva da evolução do homem em seu modo de pensar e agir, desde o movimento renascentista até o humanismo. Mostrando que, mesmo no discurso, a análise do comporto humano está presente em todos esses momentos de (r)evolução do pensamento.
Mostrou, ainda, que as mudanças do comportamento humano vem sendo estudadas pela administração, pela sociologia e por outras ciências. E porque não fazer o mesmo na educação?
Identificar os comportamentos e as relações humanas que interferem no ensino e na aprendizagem pode contribuir de forma significativa para a definição de um modelo eficaz para a educação.


Entendo que a transformação do conhecimento humano só acontece com a experimentação do novo e a desconfiança do que era patente.

O discurso de alguns acadêmicos tem um caráter conservador e guarda em si o medo em que o trono onde está sentado seja feito de poeira. Essa postura sufoca o papel do contestador a procura do desenvolvimento e da evolução do conhecimento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário