quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Cuidado com o excesso de bom humor no trabalho.

Como vai o seu humor?
Se a resposta for “vai muito bem, obrigado!”, você está de parabéns! ou, talvez, nem tanto.
O bom humor é considerado por todos um sinal de inteligência. Traduz-se na capacidade perceber, diante de situações difíceis, uma dimensão maior nos aspectos positivos e menor aos negativos.
Quando o humor está presente em situações onde o ator do fato é a própria pessoa, isso ressalta a capacidade que a pessoa tem de correr riscos e não ter medo de ser vista como ridícula ou de fracassar em seu intento.
O bem humorado é sempre uma pessoas que esta acompanhada e que consegue, até com certa facilidade, trazer para junto de si outras pessoas para realizar coisas em conjunto, consegue canalizar esforços para um objetivo comum.
Contudo, ter bom humor, principalmente no trabalho, não prescinde do bom senso. Fazer brincadeira onde se exponha o colega a situações constrangedoras ultrapassa as regras de civilidade e da boa convivência.
A aqueles que divertem a si e aos outros com a exploração da inocência alheia. Neste sentido cabe-lhe muito mais o títulode "chato de plantão". Seu tipo de humor está mais para o Bullying, expondo suas vítimas a situações constrangedoras tornando o clima pesado.
Os chatos de plantão têm a capacidade de dividir grupos, colocando de um lado a “platéia” e do outro suas “vítimas”. Aos poucos vai construindo um imenso abismo entre os dois lados.
A pesquisadora Lígia Guerra (
http://www.ligiaguerra.com/) aponta que “o grande erro desses chatos é pensar que ter um comentário irônico ou uma piada de mal gosto na ponta da língua faz com que uma pessoa seja vista como espirituosa”.
Lígia conclui que “Certamente em alguns momentos, uma boa piada ou um comentário inteligente caem como uma luva. No entanto, é preciso ter alguns cuidados para saber exatamente que momentos são esses, especialmente no ambiente de trabalho”
Para ela, alguns cuidados devem ser tomados.
1) Analise o nível de intimidade que você possui com o seu interlocutor, Isso pressupõe que você conheça a personalidade dos outros;
2) Nunca, em hipótese alguma, conte piadas com conteúdos preconceituosos, piadas que envolvam opções sexuais, doenças, mulheres, negros, religiões ou diferenças culturais;
3) Se você quiser fazer algum comentário ‘bem humorado’ sobre uma determinada situação, certifique-se de que é o momento ideal;
4) Não conte piadas por telefone, isso é terrível!;
5) Cuidado com os e-mails que você envia. As mensagens devem ser avaliadas e filtradas antes de serem encaminhadas para os seus amigos e contatos na net;
6) Se não tiver dom para ser engraçado, cale-se; cative as pessoas com outras qualidades que possuam mais relação com o seu perfil.
7) Até as piadas que você conta e comentários que você tece devem ter caráter positivo, devem estimular as pessoas e não diminuí-las.

Ela ressalta ainda que “O bom humor é uma questão de estado de espírito e ele pode se revelar de muitas formas, principalmente através de gentilezas, não apenas através de sorrisos”.

Nas nossas relações de trabalho, Nas relações pessoais e em qualquer outro ambiente, emque hajam pessoas interagindo, devemos redobrar o cuidado com os sentimentos das pessoas. Isso é tão somente uma forma de respeito pelo próximo.
Até com pequenos gestos, ou memso com um tom mais rispido em nossa voz podemos magoar pessoas e desconstruir um clima propício.
A prática de apelidar, de contar piadas e fazer brincadeiras podem ser ótimas, desde que tenham o poder de fazer as pessoas se sentirem queridas ou engrandecidas.

“A arte da convivência exige de nós a maestria de percebermos que cada pessoa é exatamente como um instrumento musical, através do qual podemos tirar as melhores ou as piores notas”, (Lígia Guerra).

Visitem a página dela, vale a pena.




Lígia Guerra (http://www.ligiaguerra.com/) é pesquisadora, analista de orientação junguiana, formada pela PUC do Paraná, é especialista em Psicologia Analítica, Especialista em Psicologia do Trabalho, desenvolve trabalho de orientação de carreira com adolescentes e adultos, palestrante e consultora empresarial.

domingo, 25 de outubro de 2009

Matriz Energética Brasileira: Da crise a esperança


Esta semana encontrei um livro que me deu muito prazer em ler.: “Matriz Energética Brasileira: da crise a grande esperança”, de João Alves Filho.
Neste livro, o autor faz uma análise do sistema energético brasileiro. Descreve o desenvolvimento da nossa matriz energética, com riqueza de detalhes, desde os tempos do Brasil Imperio até 2003. Analisa as razões e a força da implementação do sistema hidroenergético e as incursões passadas em fontes de energia renovável como o biodiesel, pro-alcool, biomassa, entre outras e as novas tecnologias para produção de energia eólica, solar, nuclear e até dos movimentos da ondas do mar.

Um dos pontos que mais me chamou a atenção foi o programa de biodigestores para obtenção de gás a partir da decomposição de materia orgânica. No final da década de 70, e durante parte da década de 80, universidades e órgãos do governo pesquisaram e desenvolveram modelos de biodigestores adequados a pequenos produtores rurais com a finalidade de produzir energia em locais onde as redes elétrica não alcançavam.
O gás produzido poderia fazer funcionar fogões e fornos, motores de geradores elétricos, máquinas, aquecedores e, até, tratores.
Ao final obtinham como subproduto (mas nem por isso menos importante) um adubo orgânico de excelente qualidade a um custo irrisório.
As atuais pesquisas atestam que o gas metano produzido pela fermentação de materia orgânica é um dos dos responsáveis do aquecimetno global e a única maneira de eliminar seus efeitos nocivos é faer a sua queima total.
Então, a ideia de se valer do gas dos biodigestores para movimentar motores, maquinas e aquecedores antecipava o que se prega hoje para o tratamento adequado de resíduos e o reaproveitamento de material.
O autor faz um paralelo com o que acontece na china, onde os biodigestores são responsáveis pela geração de energia da maior parte das comunidades rurais daquele país e aponta que o Brasil andou na contramão com o incentivo a energia gerada pelas hidroelétricas e termoelétricas (que absurdamente consomem combustíveis fosseis), matando esse programa e suas pesquisas de desenvolvimento.
Nas grandes áreas metropolitanas do país, o lixo é um dos maiores problemas, tanto pelo volume quanto pela degradação, jaá que não há um tratamento adequando para esses resíduos tóxicos.
O aproveitamento de matéria orgânica para produção de gás metano em larga escala, para utilização na cogeração de energia, para movimentar o transporte publico de passageiros ou ainda para alimentar os fornos das industrias, é uma solução que vem sendo estudada e implantada com resultados promissores fora do Brasil. Mas, aqui mesmo já há bons exemplos de reaproveitamento do lixo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

(Colaboração de Rosangela Gato, recebido por E-mail)


Recursos Humanos.
Quais são os seus valores?

Assimilar os valores da empresa é fundamental para um bom trabalho, mas os pessoais não devem ficar de lado.
As empresas criam naturalmente seus valores para que estes possam representá-las e defendê-las da melhor maneira perante os stakeholders.

Mas como surgem ou são criados e perpetuados estes valores, estas crenças?
Eles surgem através do histórico da empresa, dos valores pessoais dos fundadores, da adoção de práticas sustentáveis e das próprias ações frente às demandas do dia-a-dia que fortalecem seu DNA, entre outros meios.

É correto dizer, então, que quando admitidos, levamos para o novo ambiente não apenas nossas expertises profissionais; levamos também integridade, beleza, vigor, lealdade, seriedade, humor, ética, inteligência e comprometimento. Ou seja, levamos valores positivos e alguns negativos, que cada um de nós conhece muito bem.

E o que levamos quando saímos da empresa?
Mantemos nossos valores pessoais e a passagem por uma empresa não é nada mais do que um ciclo que teve começo, meio e fim. Ponto final. E certamente sairemos mais fortes para os novos desafios que virão.
É preciso uma percepção aguçada e inteligente para extrair aquilo que de melhor aconteceu enquanto lá estávamos. O resto? Delete!

Não há como mudar esse roteiro. Trocam-se os atores e cenários apenas. Assim colocado, esta história de “vestir a camisa” precisa ser melhor entendida. È necessário evitar uma blindagem imaginária, que soe falsamente aos ouvidos pouco atentos de alguns profissionais. Este sim é tipo do comportamento que não cria valor algum.

O que lhe parece mais importante? Os seus valores ou vestir a camisa da empresa?

Por Mauro Bianco (diretor - SPS Consulting. E-mail:
sps@spsconsulting.com.br)HSM Online 19/10/2009

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Tributo aos porfessores

Aproveitando que nesta semana tivemos o dia do professor, gostaria de deixar aqui o meu muito obrigado a todos que contribuíram para minha formação.
Tive em minha vida muitos exemplos bons professores desde os tempos de ensino primário (naquela época se chamava assim).
Diozena, Cazé, Reginaldo, Graça, Leonel... E muitos outros que, Infelizmente pelo tempo, não lembro mais o nome.
Tempos difíceis para se conjugar o verbo ensinar em escola pública com a falta de liberdade imposta pelo regime militar.
Imagino o quanto era difícil para alguns desses professores ensinar OSPB (Organização Social e política do Brasil) em tempos de exceção e AI5. Ter que dar lições de civismo sem poder falar no papel da liberdade dentro da democracia.
Esses tempos passaram, mas seus ensinamentos não. Foi graças a esses mestres de antigamente que nasceu em mim o gosto pelo constante aprender.
Ai veio a faculdade e novamente encontrei pessoas inspiradoras, espremidas entre a mesa e o quadro negro, que assumiram a missão de passar conhecimento como meta de vida.
Ano passado voltei à sala de aula, e tive novamente o prazer de ter bons professores. PESSOAS dispostas a dividir e somar seus conhecimentos e experiências a de seus alunos.
Esse curso rendeu, para mim, além de novos saberes grandes e caros amigos, tanto do lado dos que estavam lá para ensinar, quanto do lado dos que queriam aprender. E o ambiente se mostrou tão fértil que os estudantes também tinham algo a ensinar e não se faziam a menor cerimônia em partilhar suas experiências.

Peço licença a todos para dizer aos meus eternos mestres MUITO OBRIGADO.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Memória Urbana

Memória urbana do Recife (por Luce Pereira - DP on line)

De mutilação em mutilação, o Recife vai se tornando uma cidade inimiga de sua memória.
Quase 40 anos depois da polêmica derrubada da Igreja dos Martírios, para dar passagem à Avenida Dantas Barreto, a paisagem urbana continua sendo modificada - para muito pior - por interesses políticos, econômicos ou, o que é ainda mais surpreendente, pelo desconhecimento e insensibilidade dos gestores públicos.
Enquanto um casarão e dois outros imóveis que faziam parte da Antiga Casa de Saúde São José, no Poço da Panela (Zona Norte), vinham abaixo para desocupar o terreno - que vai abrigar uma unidade da rede Carrefour - das janelas, moradores pareciam incrédulos com a demolição. Os, digamos, "queixos caídos", se traduziriam, depois, em mensagens de revolta e indignação enviadas para o correio eletrônico da arquiteta Amélia Reynaldo, também moradora do bairro. Não ficou pedra sobre pedra do que antes era o casarão de azulejo português, construído em 1949, e dos outros dois pavilhões, um ano mais novos. A arquiteta é da opinião de que o supermercado seria bem vindo se incorporasse os imóveis ao seu projeto, o que, aliás, é regra no país de origem da rede. Na França, o apreço pelos bens históricos e culturais é tamanho que por muito, mas muito menos mesmo, os franceses fariam o maior escarcéu, matando a ideia no nascedouro.
A desculpa mais amarela que a Diretoria de Controle Urbano e Ambiental (Dircon), da Prefeitura do Recife, poderia dar é que não são imóveis de preservação. No entanto, não teve a menor preocupação em observar o que diz a Lei dos 12 Bairros, criada no governo João Paulo, sobre a necessidade de se harmonizarem as formas de ocupação. O crescimento do Recife continua se dando da forma mais predatória, como se entre os mandatos de Augusto Lucena e de João da Costa não houvesse quase quatro décadas. Há exemplos de sobra no mundo de cidades que precisaram de bem menos tempo para descobrir que civilidade é crescer respeitando o patrimônio histórico e o meio ambiente.





Só pondo um pouco mais de lenha na foqueira, Há diversas construções de prédios modernos no Recife, a exemplo do que fica na esquinsa da Av. Rosa e Silva com Rua Amélia, que ganharam um plus de altura para manter o casarão que, apesar de não ser de preservação, é referência de localização, além de muito agradável aos olhos de quem passa.

E porque arrancar tão violentamente as pedras portuguêsas do calçadão de Boa Viagem? Será que não perceberam que ele ainda estava em bom estado de conservação, precisando apenas de manunteção em alguns poucos trechos?

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Educação (formação)



Havia planejado abrir uma conversa sobre educação.
Não educação propriamente dita, mas sobre um dos aspectos que influenciam negativamente o aprendizado.
E nesse caminho esbarrei em algo muito sério: Onde começam os problemas de aprendizado.
Começamos pelo grupo familiar. No passado, os pais cobravam de seus filhos que o estudo fosse a sua prioridade, acompanhavam seus afazeres e seus os resultados junto aos professores.
O comportamento familiar também era outro. As pessoas se reunião à mesa para fazer as refeições em conjunto e por os assuntos em dia. Os pais faziam então o que hoje chamamos de monitoramento, Verificando as ações antes de seu encerramento.
Hoje, os pais ou não acompanham mais o dia a dia de seus filhos, talvez pela falta de tempo, talvez por dar outra prioridade as suas vidas. Tem uma visão distorcida do professor, atribuindo-lhe a imagem de algoz de seus “anjinhos”.

O grupo afetivo, parentes, amigos, etc., também tem influência. Basta uma pessoa não gosta do seu trabalho (e isso é mais comum que se podemos pensar), para tentar por na cabeça dos outros que trabalhar é ruim, que todo trabalho é escravidão. Argumenta que não adianta estudar, pois tudo isso vai acabar com a liberdade. E justifica tudo dizendo que a única coisa boa que há no trabalho (ou nos estudos) é encontrar com os amigos e tomar todas...

Há ainda os exemplos públicos, de pessoas “bem sucedidas” com pouco trabalho, que nos chegam pela mídia, principalmente na música e no futebol. Gente com nível de instrução bem baixo e que ganha rios de dinheiro. Exibe e esbanja o sonho de consumo da grande maioria, tais como grandes casas, carrões, festas... nos fazem crer que a vida é feita só de prazeres.

Toda essa carga acaba batendo dentro das salas de aula, traduzida em indisciplina, manha, vícios e a mais absoluta falta de respeito, para com o próximo e ao patrimônio público e privado.
Alunos em sala de aula com as atenções voltadas para seus celulares, MP3, MP4... MPx. A aula se torna apenas um ponto de encontro para que a tribo decida o será feito naquele dia.

Escolas depredadas, com manutenção precária, alunos rebeldes sem perspectiva e sem motivação, professores amedrontados, incrédulos das mudanças tão necessárias.

Este é o ambiente onde o professor tem que trabalhar.
É nesse terreno que ele tem que plantar informação e esperar brotar conhecimento.