domingo, 21 de maio de 2017

Diante de todo esse clima político do país, eu tenho percebido que afloraram algumas classes de "povo" e delas é possível estratificar o sentimento das ruas: Uma, apresenta imensa descrença no pais, e não nos que fazem as regras, como se nossa geografia e história fosse responsável pela falha de caráter de alguns muitos brasileiros (eleitores e eleitos). São esses que dizem que querem sair do país a qualquer custo, sem perceber que também são responsáveis pela situação; Outra parcela, são as torcidas organizadas, que estão dispostas a lutar por suas cores e privilégios, sem ver as virtudes das agremiações oponentes, nem as falhas de sua "paixão"; a terceira e, talvez, a mais numerosa, na qual me enquadro, são os que torcem pelo BRASIL. Os que sonham com nossa política passada a limpo e que acreditam que, mesmo com suas imperfeições, a justiça funciona, que o povo precisa ser melhor representado.

Reflexões a partir do texto abaixo.
"O que me impressiona das delações da JBS é a postura da população. Mais uma vez, nós vemos torcidas de partidos, que mais parecem crianças em dias de jogos escolares, satisfeitos porque o "time" do coleguinha é pior. Não há revolta contra o sistema político; Não há insatisfação com o sistemático desrespeito que somos tratados; não existe qualquer união social para mudar as regras do jogo. Jogo esse que é jogado com a mesma tática por PT, PSDB, PMDB e todos os Ps. A regra, como diz Arnaldo Cesar Coelho, é clara: a classe política duela pelo poder e o vencedor ganha o direito de oprimir e desrespeitar o povo. O perdedor assume o papel de paladino da justiça e acusa o vencedor de corrupção. Juntos, os times tentam manter a cobrança social restrita aos gritos organizados de #foratemer ou #foradilma. Para isso, utilizam seus sindicatos ou órgãos de classe, que são liderados por capachos (muito bem pagos). Mais uma vez, nós estamos deixando passar a chance de mostrarmos que sabemos que o golpe é generalizado. Nele estão todos: Lula, Temer, Aécio, Dilma, Juca, Dirceu... o golpe é contra nossos direitos. O golpe está em pagar impostos e saber que eles viram propina. O golpe é em não termos acesso aos direitos básicos de saúde e educação. O golpe é contra o povo e não em políticos que atuam tão sorrateiramente quanto os rivais. Não temos correntes políticas de direita e esquerda. O que temos são facções criminosas que duelam pelo poder. Imaginar que isso mudará sem revolta popular é ingenuidade." (Fátima Falcão - Professora e Advogada - publicado em seu Facebook )

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Reforma trabalhista e previdenciária: Sim ou Não?




Vamos deixar as coisas em ordem: Se eu não votei na chapa dilma-temer, não votei nem nela, nem nele. 
Dai, me sinto muito a vontade para criticar ela ou ele, pois não acreditava no projeto político, tampouco, no caráter.
Todos nós brasileiros temos a certeza que precisamos mudar muita coisa no país. 
Algumas delas são nossos códigos e leis, como: trabalhista, previdenciária, penal, política, eleitoral...
nesse momento, governo população e classe política estão em conflito, por causa das reformas trabalhista e previdenciária.
Nossas leis trabalhistas são de uma época onde não havia trabalho regulamentar no campo, os produtos estrangeiros não competiam com os nacionais e só haviam empregos registrados na industria de produtos primários (beneficiamento de matéria prima).  Hoje, os tempos são outros. Há quem trabalhe de casa, sem ir ao escritório; há quem represente uma empresa estrangeira, sem nunca ter ido lá; há quem faça trabalho freelance e quem trabalhe para uma empresa dentro de outra....  E tudo isso precisa ser devidamente registrado.
A legislação previdenciária, também está caduca. Até os anos 1970, a expectativa de vida não chegava aos 65 anos. As pessoas com 60 anos eram verdadeiramente velhas, sem saúde. Hoje vemos com facilidade pessoas de 80 anos fazendo academia, correndo e praticando esportes.
Naqueles anos, nosso país era considerado jovem, com mais de 60% da população com idade abaixo dos 50 anos. Quase 1/3 da população estava na faixa de 0 a 18 anos. pessoas até 1990 entrariam no mercado de trabalho e começariam a contribuir com a previdência.
O censo de 2010 apresenta que uma realidade bem diferente. A expectativa de vida chega próxima aos 80 anos e o número de pessoas que irão entrar no mercado de trabalho, até 2030, é menor que qualquer uma das faixas entre os 19 e os 40.  Isso é um indicativo que haverá cada vez menos pessoas trabalhando e contribuindo, para um número cada vez maior de apostados. 

Não há base cientifica que demonstre que o tempo de contribuição deva passar dos 35 para os 49 anos, como quer o governo. Todavia, se a expectativa de vida aumentou em 15 anos nessas quatro décadas, é razoável que a idade mínima aumente em 5 anos. Diria que o tempo de contribuição também deveria crescer na mesma proporção.