Diante de todo esse clima político do país, eu tenho percebido que afloraram algumas classes de "povo" e delas é possível estratificar o
sentimento das ruas: Uma, apresenta imensa descrença no pais, e não nos que
fazem as regras, como se nossa geografia e história fosse responsável pela
falha de caráter de alguns muitos brasileiros (eleitores e eleitos). São esses
que dizem que querem sair do país a qualquer custo, sem perceber que também são
responsáveis pela situação; Outra parcela, são as torcidas organizadas, que
estão dispostas a lutar por suas cores e privilégios, sem ver as virtudes das
agremiações oponentes, nem as falhas de sua "paixão"; a terceira e, talvez,
a mais numerosa, na qual me enquadro, são os que torcem pelo BRASIL. Os que
sonham com nossa política passada a limpo e que acreditam que, mesmo com suas
imperfeições, a justiça funciona, que o povo precisa ser melhor representado.
Reflexões a partir do texto abaixo.
"O que me impressiona das delações da JBS é a postura da população. Mais uma vez, nós vemos torcidas de partidos, que mais parecem crianças em dias de jogos escolares, satisfeitos porque o "time" do coleguinha é pior. Não há revolta contra o sistema político; Não há insatisfação com o sistemático desrespeito que somos tratados; não existe qualquer união social para mudar as regras do jogo. Jogo esse que é jogado com a mesma tática por PT, PSDB, PMDB e todos os Ps. A regra, como diz Arnaldo Cesar Coelho, é clara: a classe política duela pelo poder e o vencedor ganha o direito de oprimir e desrespeitar o povo. O perdedor assume o papel de paladino da justiça e acusa o vencedor de corrupção. Juntos, os times tentam manter a cobrança social restrita aos gritos organizados de #foratemer ou #foradilma. Para isso, utilizam seus sindicatos ou órgãos de classe, que são liderados por capachos (muito bem pagos). Mais uma vez, nós estamos deixando passar a chance de mostrarmos que sabemos que o golpe é generalizado. Nele estão todos: Lula, Temer, Aécio, Dilma, Juca, Dirceu... o golpe é contra nossos direitos. O golpe está em pagar impostos e saber que eles viram propina. O golpe é em não termos acesso aos direitos básicos de saúde e educação. O golpe é contra o povo e não em políticos que atuam tão sorrateiramente quanto os rivais. Não temos correntes políticas de direita e esquerda. O que temos são facções criminosas que duelam pelo poder. Imaginar que isso mudará sem revolta popular é ingenuidade." (Fátima Falcão - Professora e Advogada - publicado em seu Facebook )
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