sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A era do (des)conhecimetno



Era do gelo, era da pedra lascada, pedra polida, era do ferro, era das grandes navegações, era das viagens espaciais....
O homem criou marcos de tempo para delimitar as mudanças na sua forma de pensar, agir e ser.
Até aquelas pessoas que, desprovidas de maiores talentos, investem na bolsa (dos transeuntes) criaram o “Já era. Perdeu, Mané” pra te dar a noção de algo foi perdido.

Isso não poderia ser diferente para as organizações.
Era artezanal, era industrial, era da produção em série, era dos descartáveis, era do foco no negócio, era do foco no cliente. Tudo isso são indicativos dos períodos produtivos.
Hoje estas empresas estão vivenciando a era do conhecimento. Elas tentam se apossar de tudo o que pode gerar informação para tentar vislumbrar o futuro e traçar seus caminhos para chegar lá, na frente de seus concorrentes e até consumidores (??????).

Tentar gerar expectativas, criar tendências (muito comum na industria da moda e da cosmética) e com isso, criar o seu próprio futuro, fazendo com que as pessoas pensem que o amanhã será do jeito que os “videntes” acreditam que será.
Para tanto se valem de milhões de ferramentas: Programas de coleta de informações, programas de tratamento estatístico, programas de simulação...
Porém, na maioria das vezes esquecem do principal: O Analista de Tratamento das Informações, ou simplesmente ATI.
A capacitação de pessoal para interpretar os indicadores, identificar variáveis e fazer cruzamentos de dados é fundamental para que, dentro do planejamento estabelecido pela empresa, se preveja os ajustes necessários no seu caminho.
Interpretar de maneira errônea o contexto de informações representa o desconhecimento do meio interno e externo.
É muito complicado transformar uma enxurrada de informações em conhecimento, principalmente quando o tempo é um adversário e não um aliado. É bem mais comum banalizar o conhecimento a partir de escolhas de variáveis erradas.
Um caso representativo dessa má interpretação é atribuído àquela grande empresa aérea, líder de mercado, que tinha elevadíssimos custos de operação e um padrão de serviços de alto valor agregado. Boa parte de seus clientes gostava e pagava por aquele “paparico”.
Porém ao querer competir com empresas de baixo padrão de atendimento, não teve como reduzir seus custos de forma tão imediata. Como resultado o seu passivo cresceu a níveis insustentáveis e inegociáveis. Por fim, QUEBROU!!
Dizem os especialistas que o melhor para ela seria reduzir seus vôos, vender algumas linhas e horários. Enfim, reduzir o seu tamanho focando naquele mercado mais exigente e continuar a ser lucrativa. Menos lucrativo é óbvio, mas continuar existindo e atendendo a um perfil de cliente mais exigente.


André Maia

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