Li esta semana no blog pebodycount.com.br uma matéria muito boa ao meu ver. Falava sobre a polícia do bem. Isso até parece nome que se dá a programas do governo para que os políticos “saiam bem na foto”. Mas a matéria tratava de algo diferente. Falava sobre seres humanos dentro de farda. Falava de gente, gente que ainda tem a capacidade de se comover com o problema alheio. Gente que leva a sério o trabalho que faz, policiamento. Não aqueles espancadores travestidos de autoridade policial, embriagados com o poder que vem de uma arma, motados em cima de um autoritarismo exacerbado que vem de uma patente, por mais baixa que ela seja.
Vi na reportagem três homens que, como responsáveis pelo patrulhamento de uma área, desejam conhecer aqueles a quem têm de proteger.
Eles leram em um jornal uma reportagem sobre três crianças albinas, nascidas em uma família muito pobre da colônia V-9, em Olinda, e que tinham que ficar em casa por não ter dinheiro para comprar protetor solar e óculos de sol, em sua área depatrulhamento.
Foram recebidos com a desconfiança normal a qualquer um, que vêm do fato de não saber a intenção daqueles brutamontes.
Com a verdade comum que sai das crianças, tiveram que escutar pacientemente da menor das três: "Polícia é malvada. Mata as pessoas. Mata muito!"
E com a atitude e a dignidade de um verdadeiro policial, explicaram que não é bem assim. E com um dos garotos no colo, mostrou um lado da polícia que a periferia não conhece (falando bem a verdade, que a maioria de nós nem imagina): Uma polícia feita por gente de bem.
- "Kauan, a polícia é do bem. Estamos aqui para protegê-los. É isso que a gente faz."
O menino continuou o diálogo com o policial e alguns minutos depois já estava perguntando sobre o fardamento do policial, sobre o colete à prova de bala.
Ao irem embora ficou a promessa: "Vamos voltar com ajuda." Dias depois voltaram com boas novas. Conseguiram de um comerciante local a doação de um ano de pão para a família.
Eu torço, mas torço mesmo, para que essa seja a prática e a imagem de nossos policiais ao invés de participantes de grupos de extermínios e “justiceiros”.
Que os POLICIAIS Fábio Santos e Silva, José Ronaldo do Nascimento e Jorge Wendel Lins de Souza, sirvam de exemplo para o resto da corporação.
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