Uma vitória ambiental para o Recife.
Um avanço ambiental inegável para o Recife, mas cercado de informações conflitantes. É dessa forma que está sendo encarado, nos bastidores da política local, o episódio da aprovação por unanimidade do projeto de lei que proíbe a construção de uma usina de triagem e geração de energia através do lixo na área do Engenho Uchôa, na zona sul da cidade.
Ao mesmo tempo em que proíbe a instalação da usina pela PCR no local, o projeto de lei elaborado pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara não prevê a proibição de outros tipos de empreendimento ou edificação nessa região.
Contrariando o desejo do prefeito João da Costa (PT) de construir uma usina que solucione o problema dos resíduos sólidos em parte do terreno de reserva de mata atlântica, todos os vereadores, inclusive os governistas, votaram pela proibição da unidade na tarde da última quarta-feira.
O projeto seguirá para análise do prefeito, que terá duas opções: sancionar ou vetar a matéria, que, no segundo caso, seria novamente votada pela Câmara Municipal, desta vez em caráter definitivo.
A discussão ganhou contornos diferentes desde o último dia 19, quando um consórcio de empresas apresentou ao prefeito do Recife um projeto de construção de um grande complexo imobiliário, incluindo um estádio de futebol para 30 mil pessoas destinado ao Clube Náutico Capibaribe, além de um hotel e um conjunto residencial. Orçado em R$ 300 milhões, o projeto privado ficaria numa área de 140 hetares entre a BR-101 e a Avenida Recife, no bairro de Jardim Uchoa, num perímetro próximo ao terreno destinado à usina de lixo.
Transformado em Área de Preservação Ambiental (APA) desde 1996, o Engenho Uchôa tem 192 hectares e engloba 12 bairros no Recife, entre eles Jardim São Paulo, Ibura, Areias, Tejipió e Barro. A APA inclui uma reserva ecológica estadual, de 20 hectares, criada pela lei municipal nº 9.989 de 1987. Os critérios de preservação levam em conta a proteção do relevo, do solo, do sistema hidrográfico e do meio ambiente urbano. Por representarem propostas antagônicas, especula-se que os projetos da usina de lixo e do empreendimento imobiliário não poderiam coexistir.
Enquanto isso, moradores do entorno lutam para que a área verde seja preservada e rejeitam as duas propostas. O líder da bancada governista na Câmara, Josenildo Sinésio (PT), afirmou que o projeto só foi aprovado por unanimidade porque a bancada governista estava concentrada na aprovação de outras três matérias prioritárias na mesma sessão. "Isso ainda envolverá muita discussão, mas eu tenho a impressão de que o prefeito veta essa proposta. Se o prefeito vetar, a bancada (governista) seguirá o veto dele", garantiu o petista, que também votou a favor do projeto de lei proibindo a usina.
Integrante da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, o vereador da oposição Daniel Coelho (PV) preferiu ressaltar os danos ambientais que, segundo ele, a construção da usina de lixo causaria. "Essa aprovação vem num momento bastante simbólico". Integrado pelas empresas Lusoarenas, Camargo Correia, Patrimonial Investimentos e Conic Souza Filho, o consórcio privado que pretende construir o estádio do Náutico promete "reestruturar, reabilitar e requalificar uma área total de 140 hectares localizada no bairro do Jardim Uchoa".
A Prefeitura do Recife informou que só vai se pronunciar sobre o assunto quando receber o projeto.
A reservaEngenho Uchôa em números:
- Tem 192 hectares de área.
- Integra 12 bairros do Recife.
- Foi transformado em Área de Proteção Ambiental (APA) em 1996.
- A APA inclui uma reserva ecológica estadual de 20 hectares criada em 1987.
- Há 270 mil pessoas morando no entorno da mata do engenho.
Repoortagem de André Duarte para o Diário de Pernambuco On line.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Deu no Jornal (Diario On Line 27/11/09)
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sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Perguntas para guiar um projeto
É cada vez mais comum a participação das pessoas no desenvolvimento de projetos nas empresas onde trabalham e, consequentemente, é cada vez maior o número de problemas desses projetos.
Esse envolvimento se deve a idéia que quem põe a mão na massa é quem melhor conhece as dificuldades da atividade, o especialista na ação. Apenas conhecer o que se faz não é o sufuciente. É necessário que se conheça também os rigores de um projeto para relevar pequenos detalhes que, para o projeto como um todo, são importantes.
Antes de envolver as pessoas nessa “novidade”, elas deveriam ser “qualificadas” para compor uma equipe de trabalho. Conhecer o básico para compor um projeto.
Na literatura disponível, encontramos uma certa variação quanto aos requisitos de um bom projeto, contudo o básico necessário e suficiênte se consegue respondendo as seguintes perguntas:
1. QUE?: Definindo a natureza do projeto, caracterizando a organização e sua posição no mercado;
2. PORQUE?: Justificando o que motivou a sua realização;
3. PARA QUE?: Definindo os objetivos e metas;
4. A QUEM?: Definindo o seguimento de mercado que vai atingir, caracterizando o publico (clientes) e quando necessários os consumidores/beneficiário;
5. ONDE?: Localização e abrangência, rede e canais de distribuição;
6. COMO?: Explicitando Metodologia de produção/criação, definindo as etapas, as atividades e fazer e distribuir o produto ou serviço;
7. QUANDO?; definindo um cronograma detalhado;
8. QUEM FARÁ?; Especificar as características das pessoas que trabalharão no projeto, suas responsabilidades e autonomia;
9. COM QUE SERÁ FEITO?: Especificar os recursos materiais (máquinas / equipamentos / ferramentas) necessárias e Recursos Materiais
10. COM QUANTO SERÁ FEITO?: Detalhar os recursos financeiros necessários, de preferência como um cronograma financeiro.
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quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Deu no Jornal do Commercio - 19/11/2009
Água do São Francisco será paga Publicado em 19.11.2009.
O pagamento será feito por quem consome a partir de quatro litros por segundo de água bruta, incluindo os futuros usuários do projeto de transposição.
A água bruta do Rio São Francisco vai passar a ser cobrada para todos que apresentam um consumo a partir de quatro litros por segundo, incluindo os que fazem a agricultura irrigada, as empresas de saneamento das cidades ribeirinhas, indústrias e os futuros usuários do projeto de transposição das águas do Rio São Francisco.
A água bruta do Rio São Francisco vai passar a ser cobrada para todos que apresentam um consumo a partir de quatro litros por segundo, incluindo os que fazem a agricultura irrigada, as empresas de saneamento das cidades ribeirinhas, indústrias e os futuros usuários do projeto de transposição das águas do Rio São Francisco.
A expectativa da Agência Nacional de Águas (ANA) é de uma arrecadação de R$ 20,6 milhões de todos os usuários do rio e dos seus afluentes, que passam por mais de um Estado. “Essa cobrança vai pegar todos os produtores do Vale do São Francisco. Com quatro litros por segundo são irrigados dois hectares de terra”, comentou o presidente da Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), José Gualberto. A entidade representa cerca de 300 produtores da região.
Ele afirmou também que não sabe se os pequenos produtores vão suportar essa cobrança, porque isso vai aumentar os custos da atividade. Geralmente, os menores produtores ligados à associação cultivam 10 hectares de terra, o que resulta num consumo de 20 litros de água por segundo.
O empresário alegou que a ANA deveria estar mais preocupada em estimular a implantação de técnicas de irrigação que fossem mais eficientes no uso da água. “Queremos convencer o governo que é melhor implantar linhas de financiamento e pesquisa para que a atividade use menos água”, disse.
A previsão é que a cobrança da água bruta comece no segundo semestre do próximo ano depois que for criada e instalada a agência de água da bacia, o que deve ocorrer no primeiro semestre de 2010.
Os usuários que usam mais de quatro litros por segundo deverão pagar R$ 0,01 por metro cúbico captado e R$ 0,02 por metro cúbico que for captado e não for devolvido à natureza.
Os usuários que lançam esgoto no São Francisco terão uma cobrança de R$ 0,07 por quilo de carga orgânica. Esses valores deverão ser aprovados pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos.
Segundo a assessoria de imprensa da ANA, os recursos arrecadados serão usados, integralmente, em iniciativas que melhorem as condições da bacia do São Francisco, que passa por mais de 500 municípios nos Estados de Alagoas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Sergipe e inclui também o Distrito Federal.
Primeiro, vende-se a idéia que a transposição é para incentivar a agricultura e levar o desenvolvimento as área secas do sertão, acabando com a fome... Depóis, vem a fatura
domingo, 15 de novembro de 2009
qualidade no Serviço público: Utopia ou Utopismo
Assistindo a um telejornal vi um gestor público justificar as falhas do atendimento a “ajustes dos processos para melhoria da qualidade”
Isso me deu saudade das conversas que tinha com os colegas que vivenciavam processos de implantação de sistema de gestão da qualidade nas empresas em que trabalhavam.
O conceito de qualidade é, ainda, algo relativo. Depende da cultura, dos objetivos e do foco do negócio.
Fazendo uma pesquisa na internet encontrei as seguintes definições:
1) Em relação ao sentimento de quem recebe um produto ao serviço, a o que se chama de qualidade subjetiva. E é expressa pela seguinte idéia: “Não sei ao certo o que é qualidade, mas eu a reconheço quando a vejo”;
2) Diante da inevitável comparação entre produtos semelhantes, podemos entender a qualidade como: “O produto que possui algo que o diferencia dos concorrentes em valor agregado”;
3) Quando o foco está na busca pela padronização do produto, a idéia que sintetiza o que é qualidade esta em “É fazer a coisa certa, da primeira vez e sempre”;
4) Diante dos processos de manufatura o conceito de qualidade está associado a “seguir rigorosamente as especificações e requisitos na busca pelo defeito zero”;
5) Já quando o foco da qualidade está em atender os desejos dos clientes, a qualidade é definida pela adequação do produto ou serviço as expectativas de seus usuários.
Este último, em minha opinião, é o que está mais próxima a realidade.
voltando ao gestor do início do texto, o direito público, que é a linha de conduta para os órgão e entes públicos, deixa claro que os atos dos órgãos da administração pública, que são praticados por seus representantes e funcionários, devem atender aos princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.
É mais que obvio que o serviço público é um ótimo local para aplicação dos conceitos da qualidade, afinal de contas todos eles se baseiam e leis, normas e resoluções.
E tudo pode, e deve, ser traduzido em procedimentos.
Os processos não deveriam depender das relações entre os participantes (para atender ao princípio da impessoalidade dos atos públicos) mas não é bem assim que a banda toca. Deveriam ter prazos claros e definidos (para atender ao princípio da eficiência e publicidade) mas o buraco negro das burocracias absorve tudo, até nossa paciência.
O atendimento deveria ser célere e objetivo pois os entes públicos só podem fazer o que a lei define (esses é o principio da legalidade), mas encontramos uma coletânea de reticências e a cada vez que voltamos há uma nova pendência.
Diante das declarações dos gestores públicos, que “estão comprando material”, “construindo prédios” e “equipando os setores” temos a percepção que o simples gastar o dinheiro público resolve os problemas, mas não é bem por ai.
De que adianta um belo hospital sem médicos, enfermeiros e pessoal administrativos bem treinados e motivados, em número suficiente (nem falta nem excesso) para atender a demanda, com material de boa qualidade e em quantidade suficiente.
De que adianta escolas sem professores, estudantes sem material didático, pessoas sem perspectivas de futuro.
Onde fica a eficiência dos recursos financeiros aplicados. Onde fica a transparência traduzida na Publicidade dos atos. Onde fica retidão ética dos objetivos sintetizados pela Legalidade, Impessoalidade e Moralidade.
Isso me deu saudade das conversas que tinha com os colegas que vivenciavam processos de implantação de sistema de gestão da qualidade nas empresas em que trabalhavam.
O conceito de qualidade é, ainda, algo relativo. Depende da cultura, dos objetivos e do foco do negócio.
Fazendo uma pesquisa na internet encontrei as seguintes definições:
1) Em relação ao sentimento de quem recebe um produto ao serviço, a o que se chama de qualidade subjetiva. E é expressa pela seguinte idéia: “Não sei ao certo o que é qualidade, mas eu a reconheço quando a vejo”;
2) Diante da inevitável comparação entre produtos semelhantes, podemos entender a qualidade como: “O produto que possui algo que o diferencia dos concorrentes em valor agregado”;
3) Quando o foco está na busca pela padronização do produto, a idéia que sintetiza o que é qualidade esta em “É fazer a coisa certa, da primeira vez e sempre”;
4) Diante dos processos de manufatura o conceito de qualidade está associado a “seguir rigorosamente as especificações e requisitos na busca pelo defeito zero”;
5) Já quando o foco da qualidade está em atender os desejos dos clientes, a qualidade é definida pela adequação do produto ou serviço as expectativas de seus usuários.
Este último, em minha opinião, é o que está mais próxima a realidade.
voltando ao gestor do início do texto, o direito público, que é a linha de conduta para os órgão e entes públicos, deixa claro que os atos dos órgãos da administração pública, que são praticados por seus representantes e funcionários, devem atender aos princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.
É mais que obvio que o serviço público é um ótimo local para aplicação dos conceitos da qualidade, afinal de contas todos eles se baseiam e leis, normas e resoluções.
E tudo pode, e deve, ser traduzido em procedimentos.
Os processos não deveriam depender das relações entre os participantes (para atender ao princípio da impessoalidade dos atos públicos) mas não é bem assim que a banda toca. Deveriam ter prazos claros e definidos (para atender ao princípio da eficiência e publicidade) mas o buraco negro das burocracias absorve tudo, até nossa paciência.
O atendimento deveria ser célere e objetivo pois os entes públicos só podem fazer o que a lei define (esses é o principio da legalidade), mas encontramos uma coletânea de reticências e a cada vez que voltamos há uma nova pendência.
Diante das declarações dos gestores públicos, que “estão comprando material”, “construindo prédios” e “equipando os setores” temos a percepção que o simples gastar o dinheiro público resolve os problemas, mas não é bem por ai.
De que adianta um belo hospital sem médicos, enfermeiros e pessoal administrativos bem treinados e motivados, em número suficiente (nem falta nem excesso) para atender a demanda, com material de boa qualidade e em quantidade suficiente.
De que adianta escolas sem professores, estudantes sem material didático, pessoas sem perspectivas de futuro.
Onde fica a eficiência dos recursos financeiros aplicados. Onde fica a transparência traduzida na Publicidade dos atos. Onde fica retidão ética dos objetivos sintetizados pela Legalidade, Impessoalidade e Moralidade.
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