sábado, 3 de junho de 2017

Meritocracia, o que diabo é isso?

Muitas coisas boas quando chegam ao "brasil" (com "b" minúsculo mesmo), dos que gostam de levar vantagem, são deturpadas, modificadas e atrofiadas, apara atender as necessidades daqueles que as usam.
Foi assim com a reengenharia, onde os empresários, viam ali a oportunidade de reduzir pessoal, quando a reengenharia não tinha isso como objetivo. O mesmo aconteceu com a inteligência emocional, onde os mesmos empresários, "empurravam" na cabeça de seus empregados que "Quem não aguenta pressão é um fraco e não tem lugar na minha empresa".  De forma equivalente, a implantação da ISO 9001, era usada pra dizer que seu produto é de qualidade, quando eram certificados processos de contabilidade, ou de estoque, ou qualquer outro não ligado aos processos produtivos.
Com a meritocracia não foi diferente. A meritocracia, deve premiar quem atingiu a expertise naquilo que faz. Só que isso obriga a administração a dizer claramente quais são seus objetivos, quem é seu cliente, qual o perfil do produto que se deve entregar e, acima de tudo isso, QUALIFICAR CONTINUAMENTE quem vai por a mão na massa, num processo de inovação e renovação permanente.  Em lugar disso, os espertos, querem que você faça o melhor, sem saber da história da empresa, da alma do cliente, do que entra na composição do seu produto, quais parâmetros você deve seguir, das margens econômicas do mercado, do tempo de ciclo....
Por outro lado, temos empregados que acreditam que quem tem que investir na sua qualificação é o empregador... que o trabalhador não tem a menor responsabilidade de investimento em si mesmo,  esquecendo ele que, quando ele sai da empresa, a bagagem mais preciosa que ele leva consigo é o conhecimento e a experiência...

Será que praticamos a meritocracia?  Será que somo merecedores do mérito?

domingo, 21 de maio de 2017

Diante de todo esse clima político do país, eu tenho percebido que afloraram algumas classes de "povo" e delas é possível estratificar o sentimento das ruas: Uma, apresenta imensa descrença no pais, e não nos que fazem as regras, como se nossa geografia e história fosse responsável pela falha de caráter de alguns muitos brasileiros (eleitores e eleitos). São esses que dizem que querem sair do país a qualquer custo, sem perceber que também são responsáveis pela situação; Outra parcela, são as torcidas organizadas, que estão dispostas a lutar por suas cores e privilégios, sem ver as virtudes das agremiações oponentes, nem as falhas de sua "paixão"; a terceira e, talvez, a mais numerosa, na qual me enquadro, são os que torcem pelo BRASIL. Os que sonham com nossa política passada a limpo e que acreditam que, mesmo com suas imperfeições, a justiça funciona, que o povo precisa ser melhor representado.

Reflexões a partir do texto abaixo.
"O que me impressiona das delações da JBS é a postura da população. Mais uma vez, nós vemos torcidas de partidos, que mais parecem crianças em dias de jogos escolares, satisfeitos porque o "time" do coleguinha é pior. Não há revolta contra o sistema político; Não há insatisfação com o sistemático desrespeito que somos tratados; não existe qualquer união social para mudar as regras do jogo. Jogo esse que é jogado com a mesma tática por PT, PSDB, PMDB e todos os Ps. A regra, como diz Arnaldo Cesar Coelho, é clara: a classe política duela pelo poder e o vencedor ganha o direito de oprimir e desrespeitar o povo. O perdedor assume o papel de paladino da justiça e acusa o vencedor de corrupção. Juntos, os times tentam manter a cobrança social restrita aos gritos organizados de #foratemer ou #foradilma. Para isso, utilizam seus sindicatos ou órgãos de classe, que são liderados por capachos (muito bem pagos). Mais uma vez, nós estamos deixando passar a chance de mostrarmos que sabemos que o golpe é generalizado. Nele estão todos: Lula, Temer, Aécio, Dilma, Juca, Dirceu... o golpe é contra nossos direitos. O golpe está em pagar impostos e saber que eles viram propina. O golpe é em não termos acesso aos direitos básicos de saúde e educação. O golpe é contra o povo e não em políticos que atuam tão sorrateiramente quanto os rivais. Não temos correntes políticas de direita e esquerda. O que temos são facções criminosas que duelam pelo poder. Imaginar que isso mudará sem revolta popular é ingenuidade." (Fátima Falcão - Professora e Advogada - publicado em seu Facebook )

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Reforma trabalhista e previdenciária: Sim ou Não?




Vamos deixar as coisas em ordem: Se eu não votei na chapa dilma-temer, não votei nem nela, nem nele. 
Dai, me sinto muito a vontade para criticar ela ou ele, pois não acreditava no projeto político, tampouco, no caráter.
Todos nós brasileiros temos a certeza que precisamos mudar muita coisa no país. 
Algumas delas são nossos códigos e leis, como: trabalhista, previdenciária, penal, política, eleitoral...
nesse momento, governo população e classe política estão em conflito, por causa das reformas trabalhista e previdenciária.
Nossas leis trabalhistas são de uma época onde não havia trabalho regulamentar no campo, os produtos estrangeiros não competiam com os nacionais e só haviam empregos registrados na industria de produtos primários (beneficiamento de matéria prima).  Hoje, os tempos são outros. Há quem trabalhe de casa, sem ir ao escritório; há quem represente uma empresa estrangeira, sem nunca ter ido lá; há quem faça trabalho freelance e quem trabalhe para uma empresa dentro de outra....  E tudo isso precisa ser devidamente registrado.
A legislação previdenciária, também está caduca. Até os anos 1970, a expectativa de vida não chegava aos 65 anos. As pessoas com 60 anos eram verdadeiramente velhas, sem saúde. Hoje vemos com facilidade pessoas de 80 anos fazendo academia, correndo e praticando esportes.
Naqueles anos, nosso país era considerado jovem, com mais de 60% da população com idade abaixo dos 50 anos. Quase 1/3 da população estava na faixa de 0 a 18 anos. pessoas até 1990 entrariam no mercado de trabalho e começariam a contribuir com a previdência.
O censo de 2010 apresenta que uma realidade bem diferente. A expectativa de vida chega próxima aos 80 anos e o número de pessoas que irão entrar no mercado de trabalho, até 2030, é menor que qualquer uma das faixas entre os 19 e os 40.  Isso é um indicativo que haverá cada vez menos pessoas trabalhando e contribuindo, para um número cada vez maior de apostados. 

Não há base cientifica que demonstre que o tempo de contribuição deva passar dos 35 para os 49 anos, como quer o governo. Todavia, se a expectativa de vida aumentou em 15 anos nessas quatro décadas, é razoável que a idade mínima aumente em 5 anos. Diria que o tempo de contribuição também deveria crescer na mesma proporção.