sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Um paralelo sobre as emoções do futebol na política


Poucas foram as pessoas que não assistiram aos últimos capítulos do Brasileirão, que levou o Flamengo ao campeonato e o Curitiba ao rebaixamento.
As cenas vistas em todas as partidas tiveram elementos de fortes emoções, tanto do lado dos que obtiveram o sucesso quanto do lado dos que herdaram o fracasso.

Gostaria de parar de pensar exclusivamente no futebol para fazer um fazer um paralelo com as reações dos torcedores apaixonados por suas cores, levando essas emoções para situaçõs do nosso cotidiano e que nos deixam pensativos nopapel de nossos parlamentares.

Imaginemos a seguinte cena: No saguão do aeroporto uma “galera”, empunhado faixas e cartazes, gritando palavras de ordens contra a falta de ética, recepciona o seu “representante” no congresso, de forma enérgica por ter ele votado favoravelmente a um projeto, o qual havia se declarado contrário durante a campanha eleitoral. O deputado se escondendo, constrangido pela situação, tenta fugir por outra porta quando esbarra com outro grupo que cobria o seu plano “b” e recebe uma avalanche de ovos e tomates podres do tamanho da indignação do seu eleitorado.

Vamos agora imaginar o Inverso: No saguão do aeroporto uma platéia efusiva e ruidosa recebe aquele deputado que conseguiu aprovar um projeto que beneficia seu estado, atraindo empregos, renda, turismo e oportunidade de negócios. É conduzido ao seu carro nos ombros no povo, que o segue em uma carreata espontânea fazendo um buzinaço.

Comparando com a situação vivenciada pelas torcidas do Curitiba e do Flamengo os sentimentos foram bem próximos.
A diferença é que em si tratando do resultado de um campeonato pouco ou nada muda na qualidade de vida dos torcedores.
Mas, quando a situação é a política as interferências no nosso cotidiano são inúmeras e muito danosas. Mexe com a educação, saúde, economia e com as perspectivas de vida de toda uma comunidade. Afeta diretamente a nossa qualidade de vida.
O dinheiro arrecadado através dos impostos deve ter um fim público e não privado. Não pode ser arma de barganha de interesses pessoais. O seu destino é coletivo.

Por fim, vemos que o combustível que moveu o Flamengo ao título foi o amor de sua torcida. Esse foi o grande estímulo aos jogadores e equipe técnica.
Sua torcida cobrou dos que defendiam, dentro de campo, suas cores um melhor desempenho no momento em que o seu time não ia bem.
Prestigiou sua equipe na arrancada final e comemorou com ela o seu título.

Quanto aos torcedores do Coritiba, resta-lhes aprender com os erros.
Já dizia Tomas Edson: “Ainda não aprendi a fazer a lâmpada, mas já aprendi 2000 maneiras diferentes de como não fazê-la”.

Quanto a nós bichos políticos, resta-nos mostrar a aqueles em quem votamos que o controle remoto está em nossas mãos e que nas próximas eleições podemos reelegê-los ou jogá-los ao ostracismo, de acordo com o sentimento gerado por sua atuação e conduta.

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