Transcrição da Coluna de Max Gehringer, para a RádioCBN, em 3/6/2009.
Quais são as profissões do futuro? Pergunta um ouvinte.
São três áreas: Informática, administração e os ramos mais conhecidos da engenharia!
Em relação aos formandos, essas são as áreas que mais geraram empregos nos últimos 10 anos e continuarão a gerar nos próximos 10.
Certamente você já deve ter lido vários artigos listando profissões poucos conhecidas. Na internet, basta uma simples busca para encontrar algumas delas, como: Engenharia do petróleo, engenharia ambiental, técnico florestal ou técnico de recursos hídricos.
Sem dúvida essas são profissões do futuro. Mas, a pergunta que se deve fazer é outra: Essa é uma profissão que me dará futuro? Quando eu estiver com o diploma nas mãos serei procurado por empresas que oferecem vagas nessas áreas?
Ai, a resposta é NÂO.
Isso porque o número de formando nessas áreas será bem superior ao número de ofertas de empregos e a corrida pela vaga será decida daquela maneira que chamamos de “Isso não é justo”. Ou seja, a limitada ofertas de vagas oferecidas será conquistada pelos alunos mais brilhantes das universidades mais famosas ou por candidatos não tão brilhantes que conhecerem profissionais que possam indicá-los diretamente a ocupar uma daquelas vagas.
Isso significa, em números aproximados, que 8 em cada 10 formandos, das chamadas profissões de futuro, não terão futuro em suas profissões. E o que é pior, o jovem que começa a trabalhar em uma área administrativa e opta por um curso de nome atrativo acabará por não estudar aquilo que já faz e, mais tarde, não conseguirá fazer aquilo que estudou, ficando em posição de desvantagem na carreira em relação aos colegas que estudaram e se aperfeiçoaram naquilo que já faziam.
Em resumo: quando uma profissão ganha o apelido de profissão do futuro, imediatamente um grande número de escolas passa a oferecer cursos e a caprichar na propaganda para atrair interessados. Quatro ou cinco anos depois, a maioria dos estudantes descobrirá que as chances efetivas, de encontrar emprego na área serão mínimas e terá que procurar empregos em setores que oferecem mais vagas mas, tendo nas mãos um diploma que nada terá a ver com a função.
Isso não quer dizer que um jovem não deva considerar um curso pouco usual, mas, ao se matricular nele, precisa estar consciente que precisará mais que o diploma para conquistar uma vaga.
Max Gehringer (3/6/09)
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