domingo, 28 de junho de 2009

A morte de um ícone


A semana que passou foi bastante generosa em fatos: As projeções do BC sobre a economia brasileira, os já tão comuns escândalos do senado, a evolução do AH1N1 no Brasil, O fim das buscas a corpos e objetos do vôo 447, a aprovação da lei que legaliza a posse de terras na Amazônia,...
Mas nada foi tão impactante quanto a morte de Michael Jackson.

Então eu gostaria de comentar o que eu acredito que o Rei do Pop representou para a música sob a ótica dos negócios.

Na época em que ele estourou como um megastar, em 1979, eu como um bom roqueiro, torci o nariz preconceituoso para aquele tipo de música. Depois, bem depois, com ouvidos mais curiosos pude perceber a mistura que se fez da música gospel, o rhythm and blues, o Soul e o funk, além da incorporação de elementos de música eletrônica e do rock. Teve ao seu lado monstros da música como Paul McCartney, Slash, Eddie Van Harlen, Quincy Jones, Luciano Pavaroti, Ray Chales, Stivie Wonder, entre tantos outros.
E o que representa sua atuação no mundo dos espetáculos? Renovação com inovação! Fazer o mesmo de forma diferente. Buscar as raízes da música negra americana e acrescentar elementos contemporâneos.
Pode-se dizer com toda certeza que o show business tem duas fazes: Antes e depois de Michael. Com ele os elementos cênicos passaram a ser protagonistas do show. Aluminação, a coreografia e o roteiro musical e o artista desenvolviam uma estória no palco.
Alavancou a dança de rua do bairro do Harlem, o “break”, dando-lhe status de arte. Isso foi tão marcante, que alguns dos maiores e mais importantes grupos de dança do mundo, passaram a estudar e usar esses passos em suas apresentações, Influenciando grandes coreógrafos pelo mundo todo, a exemplo de Débora Colker no Brasil
Até 1984, os videoclips não eram mais que um grupo de pessoas cantando uma música em um cenário bonitinho. A partir de “Thriller”, passaram a ser produções cinematográficas, com cenários elaborados, participações especiais, roteiro, texto e muitos, mas bota muito nisso, efeitos especiais. Estórias completas, com início, meio e fim. Só para se ter uma idéia do sucesso comercial desse álbum, até 1987 sua vendagem superou a de todos os discos dos Beatles juntos, cerca de 120 milhões de cópias, entre discos e vídeos, e lhe rendeu 94 premios.

Na área social, em 1985, reuniu 45 das maiores celebridades da música em prol de uma campanha humanitária, We are the world, Para arrecadar fundos para enfrentar a fome.

Mas o homem foi engolido pelo mito. Sem liberdade, com um problemas de autoaceitação e até desvios psicológicos, já que se recusava a envelhecer, se refugiou na Terra do Nunca. Envolvido em escândalos e processos, que dilapidaram sua fortuna e imagem, viu sua veia criativa ser sufocada.
O mito permanecerá, porém a pessoa se foi.


É até interessante ver que, em quase sua totalidade, os grandes ídolos carregam problemas de ordem emocional, afetiva ou psicológica.
Isso me lembra o segredo da balança, publicado no dia 19/6/2009.


André Maia

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Conversa de fim de semana 40 - Tenho um novo chefe!



Eventualmente percebemos em nossos colegas, quando não em nós mesmos, a cara de “Meu Deus, O que eu faço agora? Tenho um novo chefe!”
Essa é, em geral, a idéia que se passa nas cabeças das pessoas. A insegurança e a ansiedade se misturam e deixam um clima de confusão no ar.
Como toda moeda tem duas faces, o seu novo chefe também deve estar se perguntando a mesma coisa e acrescentando novas dúvidas: Como será minha nova equipe? Como é o clima corporativo desse novo desafio?
De nossa parte temos que pensar que esta é uma nova oportunidade de nos apresentar ao mesmo trabalho e reconstruir o nosso planejamento de carreira.
E qual seria o caminho das pedras?
Estabelecer com o novo chefe um canal de dialogo. Um bom canal de dialogo é fundamental para fazer o nosso marketing pessoal. Agora deve-se ter o cuidado de não fazer disso aquela coisa pegajosa, transformar uma relação profissional numa relação de bajulação pode ter o efeito contrário ao planejado.
Por outro lado, esse canal de dialogo servirá para facilitar a aclimatação do novo chefe dentro da cultura organizacional e isso servirá para que ele compreenda melhor a empresa e o jogo do poder que existe nela. Essa aproximação servirá para que ele entenda como você compreende a empresa e o seu relacionamento interno e externo.
Um outro ponto importante será conhecer dele as expectativas, características e habilidades e, dentro delas, ver como podemos contribuir em seu processo de integração.Vale lembrar que também em nossa vida pessoal, para toda ação haverá uma reação em sentido contrário e, em si tratando de um chefe, ela pode não ter a mesa intensidade.
André Maia

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Em defesa dos Jornalistas


Caro Jamildo, Os jornalistas amanheceram de luto hoje com esta decisão do STF de acabar com a obrigatoriedade do diploma para jornalistas. Eu pergunto: quem vai indenizar os jovens que estão fazendo o curso de jornalismo em busca de uma vaga nesta profissão? ....
Terezinha Nunes
.”
Esta é a transcrição do início da carta que a deputada Terezinha Nunes enviou a Blog do Jamildo (
http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/index.php).
Chega ser estarrecedor o descaso dos destes ministros diante de uma profissão e dos investimentos de milhares de famílias brasileiras.
Para eles, os danos causados pela exercício irregular da profissão de jornalista não são danosos sociedade.
Mas, quais as conseqüências que uma informação errada, divulgada por um instrumento com credibilidade e alcance popular podem causar?
A argumentação, que serviu de base para extinguir exigência do diploma de jornalista, baseou-se tão somente na atividade dos comentaristas.
Os comentaristas têm espaço garantido nos nossos telejornais, para tecer observações sobre o cenário esportivo, econômico, político, gastronômico entre outros. Contudo, o seu saber não é suficiente pára a construção de uma matéria investigativa nem a condução de um meio de comunicação.
É verdade que muitos temem o poder da caneta. Já vimos os meios de comunicação elegerem deuses e demônios, tomando para si o título de bastião da opinião pública. E esse poder da imprensa de criar imagem positiva ou negativa na população, principalmente naqueles que têm menos capacidade de analisar os fatos, põe em pé os cabelos dos que detém o poder.
Confesso que não entendi os motivos que levaram os jornalistas e se manterem calados, a espera da sentença final, e não mobilizaram a opinião pública sobre os impactos desse julgamento.Por fim, devemos, todos nós, ficar em estado de alerta aos golpes que podemos sofrer no exercício de nossas atividades, posto que esse tipo de julgamento só nos faz ver o quanto as profissões brasileiras são fracas, com raras exceções.
André Maia
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A charge "macacos da sabedoria" foi colhida do Livro "Esta vida é um circo", de 1989, de autoria de Lailson Cavalcanti.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

O segredo da balança é o equilíbrio.

Não é atôa que o nome daquele ponteirinho da balança é fiel. Ele indica para que lado ela está pendendo.
A deusa grega Dicedos julgamentos e da justiça, a filha de Zeus com Têmis, tem em sua imagem uma espada na mão direita, representando a força, e uma balança na mão esquerda, representando a busca pela igualdade, pelo equilíbrio. Uma das suas mais importantes caracteristicas dela é estar de lhos bem abertos, em busca da verdade, ao contrário de seu par romando, que tinha os olhos vendados.
Eita, viajei na maionese. Vamos voltar ao foco.
A nossa vida esta a todo momento sendo pesada por várias balança. É a empresa que nos avalia, nossa família que exige atenção, nossas relações de amizade e acima de todas elas, nós mesmos.
Em cada instante de nossas vidas, comparamos o que fazemos com o que queremos para nossa felicidade e realização.
Já disseram que “não há sucesso profissional que compense um fracasso pessoal”. Entende-se disso que aquela promoção tão sonhada não é um prêmio para o fim de um casamento ou para o rosto triste de de nossos filhos diante de nossa ausência em suas festas de aniversário.
O fiel pendeu para um lado.
Mas e o conforto de nossa família, o chopinho com nossos amigos, a pelada de final de semana, a vigem de férias? Precisamos de dinheiro para pagar todas essas pequena/grandes loucuras/sanidades.
O segredo da balança é se colocar o mesmo peso nos dois pratos para que o fiel fique equilibrado.
Para nós, é saber negociar com nós mesmo o que é importante, não impedindo nossa carreira nem relevando nosso “EU”.

sábado, 6 de junho de 2009

Gestão do conhecimento em tempo de crise


Em tempos de crise, o conhecimento passou a ser um recurso essencial na sociedade da informação.
As empresas de visão têm a correta gestão do conhecimento como fator fundamental para sua a sobrevivência.
Para Pedro Carbone, um dos autores de “Gestão por Competência e Gestão do Conhecimento, “Não pode haver nem desperdício, nem subutilização de recurso tão valioso”.
Em suas idéias, práticas e experiências, Carbone, acredita que a inovação só pode vir de pessoas com competência no que fazem e que, de forma organizada, tenha um acervo de conhecimentos que lhe permita avaliar que solução se adéqua ao problema que se apresenta.
Como num jogo de xadrez, essa pessoa se valerá de sua competência para avaliar o problema e o contexto em que ele está inserido e, com o seu conhecimento, escolher a solução que mais se aproxime do ideal, reconhecendo os riscos e antecipando os ajustes que se farão necessários para sua aplicação.

terça-feira, 2 de junho de 2009

A ética nossa de cada dia


É quase que recorrente a freqüência com que volto a conversar sobre a ética.
Acredito muito que esse foco se deve ao fato que tudo o que fazemos na vida, desde uma simples pelada de final de semana entre amigos até o fechamento de um grande negócio, a ética deve estar presente e ser a mola propulsora de nossas relações.
Iniciemos por uma situação corriqueira e extremamente comum: quantas vezes já vimos um jogador de futebol simular ser vítima de uma agressão dentro de campo, tentando induzir o juiz ao erro. Neste momento são tratados por sua torcida como herói. Esses atletas fazem isso em nome do “amor a camisa” e pouco tempo depois saem desse time e vão defender as cores de um outro com o mesmo fervor, ai transmutam-se em vilões ...
Uma outra situação bastante comum acontece nas reuniões entre fornecedores de softwares e empresas em busca de soluções. As empresas procuram esconder seus “defeitos” e as softwerehouse, as falhas de seus programas. Resultado disso é uma implantação traumática, confusa e, em alguns casos, desastrosas.
No fundo no fundo, essas pequenas transgressões tem aspectos progressivos. Hoje se faz algo bem pequeno. Amanhã, algo maior, até que um dia o fato já tem características de crime.
No mundo virtual não é diferente.
Estou cansado de entrar em sites e encontrar citações que dão a impressão ser de autoria do dono da página, quando na verdade não são. Apenas se valeram do recurso [crtl]+c, [crtl]+v.
O que custaria a esse “blogueiro” atribuir os créditos do texto ao ser verdadeiro autor? Essa atitude até lhe agregaria a imagem de alguém culto, que lê bastante.
Um outro atentado a ética é atribuir a um terceiro uma idéia que não é dele.
Já li um desabafo de Arnaldo Jabor por ter recebido um texto supostamente seu, cheio de idéias preconceituosas.
Neste caso em particular, o verdadeiro autor quis dar ao seu texto a credibilidade que ele não teria, associando-o a um nome reconhecido.
Como todos nós já estamos cansados de saber, a ética está ligada a distinção entre certo e errado, o verdadeiro e o falso e, diante desse binário, as escolhas que fazemos. Daí, omitir informações, seria certo ou errado? Nos tornam falsos ou verdadeiros?