sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O que responder sobre o porquê da saída do último emprego.


No quesito perguntas mais freqüentes, Uma das mais repetidas é esta:
- O que devo responder ao entrevistador quando ele me perguntar porque saí do ultimo emprego?

Como não é difícil adivinhar, quem faz esse tipo de pergunta é porque não tem boas histórias a contar. A maioria delas são ponteadas por verbos que não soam bem no particípio passado como: perseguido, injustiçado, assediado, enganado....
Para quem foi vítima de um desses acidentes profissionais, a frustração e a raiva parecem uma melancia na garganta. E a melhor maneira de desentalar essa angustia é contar o caso aos confidentes preferenciais, os chamados entes queridos, compreenda-se amigos, parentes e paixões.
Obviamente, algum ente querido reagirá da forma como se espera que ele reaja, acreditando em tudo que foi contado, apoiando e compartilhando da frustração e da irritação.
Ai vem a entrevista com a inevitável pergunta: Porque você saiu de seu último emprego?
Vamos lá. Entrevistadores também são entes queridos na vida pessoal, mas não quando estão entrevistando um candidato.
O papel do entrevistador é arrancar o máximo de informações. Ele pode até dar a impressão de que está concordando com a história que o candidato está contando, pode passar uma imagem de empatia, mas nunca assumirá o papel de juiz. Ele não decidirá se o candidato estava certo ou errado, nem ligará para a empresa para escutar a versão dela.
Simplesmente, após entrevistar vários candidatos, o entrevistador irá optar por um que preencha os requisitos técnicos e acadêmicos da função e que não tenha tido problemas no emprego anterior.
Portanto a recomendação seria: Nunca solte os cachorros numa entrevista. No máximo, fale da empresa com neutralidade e de preferência fale bem dela.
Mas isso não seria mentir?
Não. Seria limitar a resposta aos poucos aspectos positivos e guardar as mágoas com a ex-empresa, o ex-chefe ou os ex-colegas para compartilhá-las apenas com seus entes queridos.
Max Gehringer (11/8/09 – Rádio CBN)
Como não é difícil adivinhar, quem faz esse tipo de pergunta é porque não tem boas histórias a contar. A maioria delas são ponteadas por verbos que não soam bem no particípio passado como: perseguido, injustiçado, assediado, enganado....
Para quem foi vítima de um desses acidentes profissionais, a frustração e a raiva parecem uma melancia na garganta. E a melhor maneira de desentalar essa angustia é contar o caso aos confidentes preferenciais, os chamados entes queridos, compreenda-se amigos, parentes e paixões.
Obviamente, algum ente querido reagirá da forma como se espera que ele reaja, acreditando em tudo que foi contado, apoiando e compartilhando da frustração e da irritação.
Ai vem a entrevista com a inevitável pergunta: Porque você saiu de seu último emprego?
Vamos lá. Entrevistadores também são entes queridos na vida pessoal, mas não quando estão entrevistando um candidato.
O papel do entrevistador é arrancar o máximo de informações. Ele pode até dar a impressão de que está concordando com a história que o candidato está contando, pode passar uma imagem de empatia, mas nunca assumirá o papel de juiz. Ele não decidirá se o candidato estava certo ou errado, nem ligará para a empresa para escutar a versão dela.
Simplesmente, após entrevistar vários candidatos, o entrevistador irá optar por um que preencha os requisitos técnicos e acadêmicos da função e que não tenha tido problemas no emprego anterior.
Portanto a recomendação seria: Nunca solte os cachorros numa entrevista. No máximo, fale da empresa com neutralidade e de preferência fale bem dela.
Mas isso não seria mentir?
Não. Seria limitar a resposta aos poucos aspectos positivos e guardar as mágoas com a ex-empresa, o ex-chefe ou os ex-colegas para compartilhá-las apenas com seus entes queridos.


Max Gehringer (11/8/09 – Rádio CBN)

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A era do (des)conhecimetno



Era do gelo, era da pedra lascada, pedra polida, era do ferro, era das grandes navegações, era das viagens espaciais....
O homem criou marcos de tempo para delimitar as mudanças na sua forma de pensar, agir e ser.
Até aquelas pessoas que, desprovidas de maiores talentos, investem na bolsa (dos transeuntes) criaram o “Já era. Perdeu, Mané” pra te dar a noção de algo foi perdido.

Isso não poderia ser diferente para as organizações.
Era artezanal, era industrial, era da produção em série, era dos descartáveis, era do foco no negócio, era do foco no cliente. Tudo isso são indicativos dos períodos produtivos.
Hoje estas empresas estão vivenciando a era do conhecimento. Elas tentam se apossar de tudo o que pode gerar informação para tentar vislumbrar o futuro e traçar seus caminhos para chegar lá, na frente de seus concorrentes e até consumidores (??????).

Tentar gerar expectativas, criar tendências (muito comum na industria da moda e da cosmética) e com isso, criar o seu próprio futuro, fazendo com que as pessoas pensem que o amanhã será do jeito que os “videntes” acreditam que será.
Para tanto se valem de milhões de ferramentas: Programas de coleta de informações, programas de tratamento estatístico, programas de simulação...
Porém, na maioria das vezes esquecem do principal: O Analista de Tratamento das Informações, ou simplesmente ATI.
A capacitação de pessoal para interpretar os indicadores, identificar variáveis e fazer cruzamentos de dados é fundamental para que, dentro do planejamento estabelecido pela empresa, se preveja os ajustes necessários no seu caminho.
Interpretar de maneira errônea o contexto de informações representa o desconhecimento do meio interno e externo.
É muito complicado transformar uma enxurrada de informações em conhecimento, principalmente quando o tempo é um adversário e não um aliado. É bem mais comum banalizar o conhecimento a partir de escolhas de variáveis erradas.
Um caso representativo dessa má interpretação é atribuído àquela grande empresa aérea, líder de mercado, que tinha elevadíssimos custos de operação e um padrão de serviços de alto valor agregado. Boa parte de seus clientes gostava e pagava por aquele “paparico”.
Porém ao querer competir com empresas de baixo padrão de atendimento, não teve como reduzir seus custos de forma tão imediata. Como resultado o seu passivo cresceu a níveis insustentáveis e inegociáveis. Por fim, QUEBROU!!
Dizem os especialistas que o melhor para ela seria reduzir seus vôos, vender algumas linhas e horários. Enfim, reduzir o seu tamanho focando naquele mercado mais exigente e continuar a ser lucrativa. Menos lucrativo é óbvio, mas continuar existindo e atendendo a um perfil de cliente mais exigente.


André Maia

sábado, 1 de agosto de 2009

Onde se esconde (ou surge) a competência




Recebi esta indicação de um amigo, Sandro. Lí com muito prazer e, como é a intenção deste blog dividir com os amigos o que encontro de melhor em meus estudos, aqui vai.




Ouve-se muito a palavra competência e fala-se sobre ela nas conversas informais, na escola e nas empresas. Competência é essencial? Competência representa chances de maior produtividade e aprendizado? Você já parou para refletir o que essa palavra significa e quais suas implicações na sua vida profissional? Iniciemos essa conversa a partir de algumas definições.

O sociólogo francês Philippe Zarifian define competência como sendo “o tomar iniciativa e o assumir responsabilidade”. Já o especialista em aprendizagem nas empresas Karl-Erik Sveiby define competência como a capacidade que possuímos para agir, baseada em nossos conhecimentos teóricos e tácitos. Estes dois autores centram seus conceitos na ação.

Para mim, a definição mais didática é a encontrada em um artigo escrito pelos professores da USP Afonso Fleury e Maria Teresa Fleury, onde a competência é pensada como a intercessão entre conhecimento, habilidade e atitude. Essas três dimensões precisam se “misturar” para que possamos dizer que somos competentes em determinada área (Vide ilustração do início).

Aprender sobre as três dimensões que compõem a competência é importante para que se consiga trabalhar na direção certa do desenvolvimento profissional e pessoal. Vale pensar em alguns pontos interessantes:

O conhecimento é o saber. Envolve a educação formal, saber o que, saber o porquê, saber para que e a capacidade de aprender;
A habilidade é o saber-fazer. São as experiências, o saber como, as técnicas, o conhecimento tácito e o modelo mental;
A atitude é o saber ser. Ou seja, ter determinação, responsabilidade, comprometimento, motivação e iniciativa.
Para consolidar a definição, darei um exemplo de competência a partir dessas três dimensões. Um determinado protético é muito solicitado pelos dentistas, pois é bastante competente na confecção de próteses dentárias. Ele tem um saber acadêmico ótimo (conhecimento), sabe esculpir a prótese muito bem devido à sua precisão manual (habilidade) e entrega os pedidos rapidamente graças a sua capacidade de planejamento, organização e vontade de atender o cliente rapidamente (atitude).

Moral: Se algumas dessas dimensões estivessem em um nível muito inferior de desempenho talvez esse protético não fosse considerado tão competente.

O mercado de trabalho sempre buscou indivíduos competentes tecnicamente para ocuparem os postos de trabalho. Com o passar do tempo e com as novas demandas surgidas a partir de modernos modelos de gestão, as empresas passaram a buscar indivíduos qualificados intelectual e tecnicamente, mas também competentes emocionalmente.

Isso quer dizer que as empresas valorizam o saber, o saber-fazer e o saber ser! É comum a realização de processos seletivos tendo como foco as competências comportamentais como a comunicação, o planejamento, o relacionamento interpessoal, a autonomia, o autocontrole e a capacidade de resolução de conflitos. A gestão por competências já é realidade em muitas empresas, sendo utilizada como um instrumento estratégico para atingir objetivos específicos.

Penso que você já é capaz de responder à pergunta inicial: qual a implicação das competências na vida profissional? A proposta que trago hoje é um breve exercício de autoconhecimento. Diante desse contexto competitivo, volte o olhar para si e tente avaliar como está seu nível de empregabilidade – isto é, o quanto você é a atraente para o mundo do trabalho.

Quais as competências que você possui e quais as que precisa aprimorar? Faça uma lista de seus pontos fortes. Olhe novamente para os três círculos. Verifique quais são seus conhecimentos técnicos, suas habilidades e reflita sobre suas atitudes em relação às duas primeiras. Observe onde estes três pontos se cruzam e encontre sua competência.

Mas reflita e encare o tema com seriedade. Até para que no próximo artigo possamos continuar esta conversa sobre competência e seu desenvolvimento pessoal e profissional. Boa semana e uma ótima reflexão!




Bernadette Vilhena é pedagoga empresarial, consultora em diversas instâncias da prática educativa nas empresas. Especialista em Gestão de Pessoas e estudos nas áreas de Ergologia, Gestão do Conhecimento e Educação no trabalho.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Invisibilidade social e tribos urbanas


Dessa vez vou fazer diferente. Começarei nossa conversa contado uma piada.
________________________________________
Dois leões fugiram de um circo que se apresentava em Brasília. Na fuga um foi para o mato e o outro se escondeu numa repartição pública.
Quatro semanas após os dois foram recapturados.
Ao serem colocados na jaula, os dois se colocam de frente um ao outro.
O que fugiu para o mato estava magro, doente, fraco e estressado. O outro estava gordo, com pelo vistoso, bem descansado.
O que estava bem perguntou ao outro: O que aconteceu com você, meu amigo?
- Fugi para a mata. Lá na mata tive que fugir dos lenhadores clandestinos, dos refinadores de drogas e dos grupos de extermínio que iam desovar seus desapreços. Na mata não tem mais nada para caçar... Os rios estão poluídos...
Resultado fiquei tão fraco que não tive como fugir.
- E com você o que aconteceu?
- Eu fugi para uma repartição pública. Não precisava nem me esforçar para caçar. Lá tem um batendo no outro e ninguém se fala.
Um dia comia um assessor, noutro um coordenador, no final da tarde lanchava um estagiário... e como as pessoas não se importam com os outros, nem sabem que os outrso existem, não se sabia se o “colega” havia faltado ou está voando.
- E como é que você foi preso?
- Cometi um grave erro... Comi a mulher do cafezinho!
________________________________________
Hoje dois assuntos e entrelaçam: as profissões (e as pessoas) invisíveis e as tribos sociais.

O psicólogo Fernando Braga da Costa, durante 8 semanas vestiu um uniforme de gari e varreu as ruas de São Paulo para concluir sua tese de mestrado sobre invisibilidade pública. Nas ruas, onde colocava em prática sua teoria, foi ignorado por colegas de profissão, professores, alunos e muitas outras pessoas, sentindo na pele o que é ser tratado como um objeto e não um ser humano, só porque vestia um uniforme de gari.
Ele constatou que um simples “bom dia”, dados aos “invisíveis”, lhes dão a noção existência. Percebeu, também, que o trabalho silencioso deles nada mais é que uma defesa contra a indiferença dos circulantes.
O seu trabalho também constatou que:
• Toda ação repetida gera um hábito;
• Todo hábito muda o caráter e;
• A mudança de caráter muda o sentido de existência;

O professor da UFSE, Marcus Eugênio, defende a existência de, pelo menos duas, teorias que explicam as causas da invisibilidade social. Numa, as pessoas estariam tão familiarizadas com o ambiente que ele não produziria qualquer tipo de estímulo a elas. Essa teoria iguala as pessoas aos objetos do ambiente, principalmente aquelas pessoas com quem não interagimos.

Noutra teoria, a banalização do ser humano e está atrelada a despersonalização que os indivíduos sofrem em certas profissões como também na hierarquia social.

Os estudos desses dois profissionais inferem que as relações interpessoais estão ficando embrutecidas e que pessoas só exercitam o relacionamento pessoal com aqueles que participam de seu grupo social ou para satisfazer uma necessidade.

Esse fenômeno é quase que uma característica das grandes cidades onde o medo da violência e a busca pelas luzes do sucesso criam ilhas de isolamento.
Naquelas cidadezinhas de interior onde as relações não se baseiam em interesses pessoais, onde as pessoas são bem mais cooperativas e prestativas, onde as pessoas ainda cultivam colocar cadeiras nas calçadas e por em dia os assuntos, vemos que as pessoas se tratam como pessoas e não se importando com o que ela faz ou a que categoria, grupo ou tribo urbana ela pertence.



André Maia

quinta-feira, 23 de julho de 2009

O fantasma da crítica


Poucas pessoas conseguem receber críticas no ambiente de trabalho, principalmente quando são feitas em público. Mesmo quando a crítica é apresentada como “construtiva”, ela só terá este efeito se quem foi criticado também entender dessa forma.
Neste artigo, o professor universitário e especialista em Recursos Humanos, Rogério Martins, comenta as dificuldades de receber e fazer críticas, mesmo quando elas são necessárias, e dá sugestões de como fazê-las de modo a serem realmente úteis e não parecerem ataques pessoais.


Elogio é bom e quase todo mundo gosta, mas a crítica...
No mundo corporativo é comum observarmos situações onde as relações são baseadas na crítica e punição.
Estudos do comportamento humano atestam que, desde criança, nossos pais e os adultos com quem convivemos têm papel fundamental para o sucesso de nossas carreiras e ações pessoais. A quantidade de críticas e elogios que recebemos podem ser cruciais para o nosso futuro.

Pesquisas da psicologia revelam que pessoas que foram expostas a ambientes de muita crítica e punição tendem a desenvolver um padrão de comportamento de omissão e submissão.
Sua produtividade geralmente está aquém das novas exigências do mercado. Quando é cobrado por algum resultado se esquiva, dá desculpas ou chora.
Outro padrão de comportamento que pode ser gerado nesse mesmo ambiente é totalmente contrário. A pessoa age de forma agressiva, defensiva e desafiadora. Quando é pressionada tende a agir compulsivamente.
Já aqueles que foram demasiadamente elogiados apresentam características de arrogância e prepotência. Acreditam que o mundo estará sempre aos seus pés. Tratam os outros como súditos. Desprezam as hierarquias e querem o poder a todo custo. Apresentam dificuldades para compreender a dimensão ética das relações.
O equilíbrio entre crítica e elogio na vida pessoal e no mundo corporativo é fundamental para a um bom ambiente familiar e profissional. Algumas empresas estimulam seus funcionários a sessões de feedback programado. Outras, estruturam diversos tipos de avaliações, como: competência, performance, desempenho, participação por objetivos etc. Assim, tem mais chances de apontar claramente os caminhos, cobrar resultados e criar um clima organizacional favorável para as mudanças.
Ao líder cabe o papel principal de estabelecer critérios e aplicar as críticas e elogios. Com isso, garantir o equilíbrio no clima organizacional e o aumento da produtividade.
A crítica, na sua essência, significa exame, apreciação que se faz de uma obra. Portanto, quando
fazemos uma crítica ela deverá ser sobre o conjunto da obra, uma idéia, ações tomadas, fatos e não sobre uma pessoa, o que ocorre exatamente pelo avesso tanto profissional quanto na vida social.
Por isso, a maioria das pessoas tem dificuldade em aceitar uma crítica, pois se sentem ameaçadas, punidas, menosprezadas e até mesmo humilhadas.
________________________________________
Artigo publicado no portal administradores.com.br. Reprodução autorizada pelo
autor, Dr. Rogério Martins.

Graduado em Psicologia, pós-graduado em Recursos Humanos e Psicodrama,
professor universitário, consultor organizacional, palestrante e sócio-diretor da Persona Consultoria & Eventos.
rogerio.martins@personaconsultoria.com.br
www.personaconsultoria.com.br

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Profissões do passado com atualizações para o futuro


Não faz muito tempo, mas os supermercados não tinham a parafernália eletrônica que tem hoje. Entre os anos 70 e 80, os caixas de supermercado tinham que ter uma tremenda habilidade para digitar, valores e códigos em suas máquinas registradoras. Hoje operam um PDV, interligado a um terminal ótico, a uma balança digital e a um leitor de cartão, seja de tarja magnética ou chip. Isso fez com que a atividade de caixa fosse completamente modificada. O caixa de hoje (quase) não precisa mais digitar nada, a não se a quantidade repetida de um item. Apenas ele expõe o código de barra do produto ao leitor e a sua frente ele já tem o item e o seu valor unitário. Ao fechar a compra, lhe é dado o valor total. Se pago em dinheiro, ai sim ele tem que digitar um pouquinho, informa o valor recebido e lhe é apresentado o troco a ser passado.
E os mecânicos, quanta diferença. Hoje sua principal ferramenta é um pequeno computador portátil, que lê na central de comando dos veículos os registros dos sensores, e aponta o que há de errado ou para falhar em breve. Antigamente, cerca de 20 anos atrás, era bem diferente. Quase tudo se baseava na experiência do mecânico e a solução vinha pelo método da tentativa e erro.
Os vendedores substituíram os seus blocos de pedidos por palmtop e tem conectividade para colocar os pedidos na linha de produção “on time”.
E o chaveiro, quem diria que poderia ser atualizado. Há no mercado atual cortadoras de chaves baseadas em CNC e corte por imagem, com duplicação de códigos eletrônicos (chips). Os fabricantes de carimbos os fazem diretamente num editor gráfico integrada a uma máquina faz o corte da borracha.
Porcesso semelhante acontece nas gráficas. Imensas plotadoras fazem o serviço das antigas prensas.
Os desenhistas, não pegam mais em canetas de nanquim, nem têm mais que saber manusear uma régua T, esquadros e transferidores. Hoje com os programas de CAD usam só uma tela de computador, um mouse e uma mesa digitalizadora.

Outra profissões não tiveram essa chance. Amoladores de tesoura, afiadores de facas, sineiros e reparadores de panelas.
Essas profissões se tornaram tão descartáveis quanto os produtos que elas beneficiaram um dia.
Quanto ao trabalho no campo, a modernização vem sendo caracterizada pela troca do homem pela máquina e não por sua qualificação e especialização, podendo neste caso, a modernização ser considerada uma atividade predatória.

André Maia

terça-feira, 7 de julho de 2009

Empregos do futuro - Max Gehringer

Transcrição da Coluna de Max Gehringer, para a RádioCBN, em 3/6/2009.




Quais são as profissões do futuro? Pergunta um ouvinte.
São três áreas: Informática, administração e os ramos mais conhecidos da engenharia!
Em relação aos formandos, essas são as áreas que mais geraram empregos nos últimos 10 anos e continuarão a gerar nos próximos 10.
Certamente você já deve ter lido vários artigos listando profissões poucos conhecidas. Na internet, basta uma simples busca para encontrar algumas delas, como: Engenharia do petróleo, engenharia ambiental, técnico florestal ou técnico de recursos hídricos.
Sem dúvida essas são profissões do futuro. Mas, a pergunta que se deve fazer é outra: Essa é uma profissão que me dará futuro? Quando eu estiver com o diploma nas mãos serei procurado por empresas que oferecem vagas nessas áreas?
Ai, a resposta é NÂO.
Isso porque o número de formando nessas áreas será bem superior ao número de ofertas de empregos e a corrida pela vaga será decida daquela maneira que chamamos de “Isso não é justo”. Ou seja, a limitada ofertas de vagas oferecidas será conquistada pelos alunos mais brilhantes das universidades mais famosas ou por candidatos não tão brilhantes que conhecerem profissionais que possam indicá-los diretamente a ocupar uma daquelas vagas.
Isso significa, em números aproximados, que 8 em cada 10 formandos, das chamadas profissões de futuro, não terão futuro em suas profissões. E o que é pior, o jovem que começa a trabalhar em uma área administrativa e opta por um curso de nome atrativo acabará por não estudar aquilo que já faz e, mais tarde, não conseguirá fazer aquilo que estudou, ficando em posição de desvantagem na carreira em relação aos colegas que estudaram e se aperfeiçoaram naquilo que já faziam.
Em resumo: quando uma profissão ganha o apelido de profissão do futuro, imediatamente um grande número de escolas passa a oferecer cursos e a caprichar na propaganda para atrair interessados. Quatro ou cinco anos depois, a maioria dos estudantes descobrirá que as chances efetivas, de encontrar emprego na área serão mínimas e terá que procurar empregos em setores que oferecem mais vagas mas, tendo nas mãos um diploma que nada terá a ver com a função.
Isso não quer dizer que um jovem não deva considerar um curso pouco usual, mas, ao se matricular nele, precisa estar consciente que precisará mais que o diploma para conquistar uma vaga.

Max Gehringer (3/6/09)

sábado, 4 de julho de 2009

Business intelligence



"O conhecimento e a informação são os recursos estratégicos para o desenvolvimento de qualquer país e os portadores desses recursos são as pessoas." (peter Duke)
Então, o conhecimento consiste na capacidade de interpretar as informações e não no mecanismo e processos de armazenagem de dados.
A partir dos anos 80, o termo Business Intelligence, ou simplesmente BI, passou a ser adotado como definição ao processo de coleta, organização, análise, compartilhamento e monitoramento de informações que oferecem suporte a gestão de negócios.
Em bom portugues, a Inteligência Empresarial, ou inteligência Organizacional, deseja realçar as habilidades das corporações através da coleta e exploração das informações, tratando-as de forma adequada ao mercado que explora para a tomada de decisão.
Normalmente as organizações só coletam informações com a finalidade de avaliar o ambiente empresarial. Quando muito, fazem algumas pesquisas de marketin para identificar o ambiente competitivo.
Contudo, as organizações que buscam verdadeiramente a competitividade, fazem da gestão do conhecimetno uma ferramenta para adquirir vantagem competitiva, podendo considerar a inteligência organizacional como o ponto central para ganhar agilidade e assimilar tendencias.
Aguns estudiosos consideram que o BI realça o que é realemente importante, dentro do conjunto de informações que a organização detém, para o negócio. Dessa forma, o BI deve ser interpretado como um sistema de apoio a tomada de decisão.
Há quem diga que o princípio básico do BI está em "A Arte da Guerra" (Sun Tzu). Apesar de não ser especificamente dirigido aos negócios, ali está escrito que o sucesso depende do conhecimento das virtudes e fraquezas, tanto próprias quanto dos oponentes.
Pode até parecer obvio, mas a implentação do BI depende do grau de maturidade da organização. Ela deve se conhecer, conhecer seu mercado e parceiros, ter estratégias e metas bem definidas para poder se conhecer melhor, conhecer o mercado mais profundamente e com um bom programa de BI as organizações podem se antecipar aos problemas e se planejar para aproveitar melhor para as oportunidades futuras.
André Maia

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Diploma de Jornalista

Recebi esse clipping de um amigo, Gilvanelton Arruda, e por achar oportuno e importante publico aqui.


01/07/2009 - 19h42
Senador apresenta projeto que torna obrigatória exigência de diploma para jornalista
Da Agência Senado
O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) apresentou, nesta quarta-feira (1º), proposta de emenda à Constituição (PEC) que vincula, obrigatoriamente, o exercício da profissão de jornalista aos portadores de diploma do curso superior de jornalismo. A PEC tem como objetivo superar o impasse provocado pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, no mês passado, declarou nula a exigência do diploma prevista no decreto-lei 972, de 17 de outubro de 1969.
Leia mais sobre o caso
Apitaço no Rio marca protesto pela obrigatoriedade do diploma de jornalista
Grupo propõe volta do estágio de jornalismo
STF: diploma de jornalismo não é obrigatório para exercício da profissão
A PEC, entretanto, apresenta duas ressalvas, ao permitir que colaboradores possam publicar artigos ou textos semelhantes e os jornalistas provisionados continuem atuando, desde que com registro regular. Os jornalistas provisionados com registro regular são aqueles que exerciam a profissão até a edição do decreto.
O decreto-lei permitiu, ainda, que, por prazo indeterminado, as empresas pudessem preencher um terço de suas novas contratações com profissionais sem diploma. Conforme a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), esses jornalistas provisionados possuem registro temporário para trabalhar em um determinado município. O registro deve ser renovado a cada três anos. E essa renovação só é possível para as cidades onde não haja nenhum jornalista interessado na vaga existente nem curso superior de jornalismo."Uma consequência óbvia da não obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão seria a rápida desqualificação do corpo de profissionais da imprensa do país. Empresas jornalísticas de fundo de quintal poderiam proliferar contratando, a preço de banana, qualquer um que se declare como jornalista. Era assim no passado, e resquícios desse período ainda atormentam a classe jornalística de tempos em tempos", argumenta o parlamentar sergipano, na justificação do seu projeto.Conforme o senador, a principal atividade desenvolvida por um jornalista, no sentido estrito do termo, é "a apuração criteriosa de fatos, que são então transmitidos à população segundo critérios éticos e técnicas específicas que prezam a imparcialidade e o direito à informação". Daí a exigência de formação e profissionalismo.O senador rebateu, nesta quarta, as críticas dos que acham que a PEC é uma "confrontação ao Supremo", já que este teria tentado preservar a cláusula pétrea do texto constitucional que se refere à garantia da liberdade de expressão. Segundo Valadares, a exigência do diploma diz respeito não à liberdade de expressão, mas à qualificação indispensável para uma atividade profissional que interfere diretamente, e de forma ampla, no funcionamento da sociedade.O parlamentar assinalou, também, que a existência da figura do colaborador em todas as redações é uma prova de que a liberdade de expressão não está sendo tolhida. Exemplos disso são médicos, advogados e outros profissionais que escrevem textos técnicos sobre os campos onde atuam. E poderão continuar a fazê-lo, caso a PEC seja aprovada.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O que aprendi.



“Mais prazer tive ao aprender a amarrar o sapato.
Amarrar sapato é uma coisa complicada, mas você pode se aproximar dela lentamente.


Uma hora você vê o laço dado, ou seja, a primeira dobra do laço.
Noutro dia você é capaz de pensar na segunda lição.

A vantagem é que você sempre pode ver o sapato amarrado por alguém, para você comparar.
E foi aprendendo essas coisinhas que percebi que o ato de pensar seria uma maneira de eu me mover dentro do mundo...

Aprender, eu mesmo aprendi,
é em grande parte deixar de apanhar.”


Tom Zé

( O que aprendi - Revista Piauí – junho de 2007 – p.62)