quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Morre Zilda Arns


Hoje, 13/01/2010, o mundo acordou mais pobre e solitário.

Morreu Zilda Arns.

Médica pediatra e sanitarista, por profissão. Mãe de cinco filhos, avó de nove netos e irmã de dom Paulo Evaristo Arns, por familiaridade. Fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, por crença na humanidade.

Por sua atuação em programas de responsabilidade siocial, recebeu diversas menções especiais e títulos de cidadã honorária no país, inclusive uma indicação ao Prêmio Nobel da Paz em 2006.

Formada em medicina, aprofundou-se em saúde pública, visando salvar crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência em seu contexto familiar e comunitário. Podemos atribuir-lhe a vocação para a invenção, já que inventou a multi-mistura, como complemento alimentar de combate a desnutrição infantil. Inventou métodos simples, rápidos e baratos para medição de peso e controle familiar. Muitas de suas "invenções" são adotadas nos PSFs brasileiros e em muitos outros paises.

Compreendendo que a educação revelou-se a melhor forma de combater a maior parte das mazelas sociais, desenvolveu uma metodologia própria de multiplicação do conhecimento baseada na interação humana.

A sua prática diária como médica pediatra do Hospital de Crianças César Pernetta, em Sua experiência fez com que, em 1980, fosse convidada a coordenar a campanha de vacinação Sabin, para combater a primeira epidemia de poliomielite, que começou em União da Vitória, no Paraná, criando um método próprio, depois adotado pelo Ministério da Saúde.

Em 1983, a pedido da CNBB, criou a Pastoral da Criança juntamente com dom Geraldo Majella Agnelo. No mesmo ano, deu início à experiência a partir de um projeto-piloto em Florestópolis, Paraná. Em vinte e cinco anos de atividades, a pastoral acompanhou 1 816 261 crianças menores de seis anos e 1 407 743 de famílias pobres em 4060 municípios brasileiros.

Zilda Arns morreu atingida por uma pedra de concreto dentro de uma Igreja no Haiti, quando se preparava para uma palestra sobre a Pastoral da Criança na Conferência dos Religiosos do Caribe.

Ela foi uma guerreira pela Responsbilidade Social. E, por sua atitude, peço uma salva de palmas.

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