sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Qual a melhor maneira de acabar com uma tradição? 
A resposta é simples, antes de se consolidar. 
O Natal é por essência a época propícia para unir as pessoas, para que elas repensem seus conceitos e entendam as diferenças, de forma a que haja a união. 
Desde 2009, a Globo Nordeste, a PM-PE e o Gov. do Estado formaram uma parceria se união pra proporcionar um espetáculo que nos faria refletir sobre nossas raízes e o significado do evento Natal. 
Tal qual acontece com o Baile do Menino Deus e a Paixão de Cristo do Recife, as pessoas se avolumavam, Ano após ano, para assistir a uma projeção de poucos minutos e aproveitavam o evento para doar brinquedos e alimentos.
Ao final de cada projeção, observamos no roso dos expectadores a elegria estampada.

Este ano, resolveram acabar com essa que seria, em um futuro próximo, uma das mais belas (novas) tradições do Recife. 
A quem deveríamos agradecer isso? ...Ao descaso dos órgãos públicos com a imagem dessas instituições? ...a acomodação do povo, que se vê roubado todo dia e nada faz? 

 Para assistir ao vídeo da apresentação de2012, copie o link abaixo e cole no seu browser. 
http://www.youtube.com/watch?v=oRpSB_2_Fv4

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

E agora? O chefe sou eu.

Já faz um bom tempo, mas, o tema abordado pelo livro “E agora? O chefe sou eu” continua muito atual.
Admito que cometi o pecado de esquecer o nome do autor, mas, o seus ensinamentos ficaram.
Ele foi escrito ainda antes da febre da qualidade, PMI/PMBOOK, BSC, porém, já abordava algo bem atual, o clima organizacional.

O chefe é o cara responsável pela administração de conflitos: o que a empresa quer e o que os colaboradores desejam. Então ele entra pra mitigar esse choque.

Muitas das pessoas que assumem cargos de comando não estão suficientemente preparadas para isso.
Em regra geral são excelentes técnicos, mas, lhes falta o trato humano. Prepararam-se intensamente com as mais modernas tecnologias, lustraram sues conhecimentos com especializações, mestrados e doutorados e não deram a mínima atenção as relações pessoais, a cultura da empresa onde trabalham e a cultura do mercado onde operam.
Internamente, a comunicação entre os empregados é permeada pela simpatia e/ou antipatia que um empregado sente pelo outro. Dessa forma, alguns tendem a ter conversas em um nível de intimidade bem aberto, ou se tratam sem trocar palavras durante a realização das tarefas em conjunto.
Já os cargos de comando não podem se dar a esse “luxo”. Devem evitar as preferências e as rejeições. Tem por obrigação manter um canal de comunicação eclético, fazendo fluir um diálogo uniforme, sem intimidades, nem intimidações, primando pela clareza dos objetivos das tarefas que delega de forma homogênea com todos.
Lembrando ainda que a forma utilizada para comunicação, termos usados e o tom de voz podem colocá-lo numa situação delicada diante da organização e da sociedade, pois, a interpretação do que se diz e como se diz, pode levá-lo a um processo por assédio moral.
De forma geral, os bons técnicos acabam deixando de lado detalhes, que pra ele como especialista é obvio, porém para o seu comandado pode não sê-lo.
Uma das falhas de comunicação mais freqüente é quanto à autonomia de decisão. Dificilmente se deixa claro pro empregado o que ele pode ou não decidir. Outra é quanto a forma. É quase impossível encontrar alguém que não tenha um E-mail.  Esse fato possibilita uma comunicação escrita, complementando a verbal, que é imprescindível. É bom deixar bem claro que esses dois canais, o verbal e o escrito, devem coexistir. O primeiro pelo feedback,  mais rápido e claro, o segundo pela documentação do fato.


Pra finalizar deixo uma máxima da administração. “O sucesso de um gerente é o sucesso de sua equipe. O fracasso de uma equipe é o fracasso de seu gerente”

sexta-feira, 26 de abril de 2013

O que é e o que deveria ser.

Quando Tim Berners-lee pensou na internet, no início dos anos 1990, fez isso na intenção da criar um ambiente para troca de INFORMAÇÃO e desenvolvimento de IDEIAS, de tal forma que se pudesse melhorar a condição humana. 
Para ele, a www deveria ser um mega espaço para discussão e difusão do pensamento, um fórum sem fronteiras em tempo integral do conhecimento e das tecnologias que pudessem revolucionar o jeito de viver e de pensar das pessoas. 

Passado esse tempo, percebemos que a ideia romântica inicial, de um mundo sem fronteiras para o aprofundamento do conhecimento, tornou-se uma ficção científica. 
Isso aconteceu não pela quantidade ou qualidade, ou falta dela, das informações contidas nele, mas, pelo uso dessas informações e o destino dado as ferramentas criadas para isso. 
Encontramos ali uma infinidade de absurdos: notícias falsas, verdades pela metade, invencionices, pessoas assumindo a ideias dos outros como se fosse sua, outras pessoas atribuindo textos, (sem o menor valor científicos) e falsas descobertas  a famosos, que não tem absolutamente nada com aquilo. 
Encontramos ainda os chamados egoposts, ou exibição de ego, como queiram. São imagens de pratos, sapatos, bolsas, pulseiras ou frases como “hoje conhecí um gatinho...”, “saindo pra balada...”, correntes religiosas e aquelas maravilhosas “ganhe muito dinheiro sem fazer esforço”, que não contribuem em nada para a elevação do pensamento. 

O Orkut, por exemplo,  Foi uma vítima da banalização. As pessoas se reunião em torno de comunidades para discutir algo que lhes era comum. Mas, com o passar dos tempos, o foco dos assuntos foram sendo desvirtuados, acabando com o interesse. Isso está conduzindo este site de relacionamento ao ostracismo. Se observarmos com maia atenção veremos que o Facebook vai no mesmo caminho. 

Até em boas iniciativas, a exemplo do wikipedia, encontramos textos sem referências que lhe atribuam confiabilidade. 

Tudo isso arrasta o que tem de melhor na internet para o vala comum.

sábado, 9 de março de 2013

Transposição do São Francisco

Estive no sertão, por esses dias, e o cenário é de desolação. 
Animais mortos a beira da estrada ou nos cercados, vitimados pela seca, casas abandonadas por seus habitantes. O chão mais árido que de costume, onde nem o mato brado nasce, onde nem o mandacaru e a palma resistem. 
Vi também a tão prometida (sonhada pelos sertanejos) obra salvadora da transposição do Rio São Francisco, se esfarelar como os torrões de terra da área que ela deveria salvar.
  
Confesso que sou defensor dessa obra. Acredito que esse recurso, bem administrado, será, literalmente, a salvação da lavoura. Tenho conhecimento de projetos para implantação de fazendas de peixes e camarões de água doce, que além de aumentar a oferta de alimentos, gerarão emprego e renda, numa área onde emprego é tão raro quanto água. 

Contudo, o que vi me deixou apreensivo. A maneira como o projeto foi tocado me parece errada. A transposição vem sendo executada em blocos desconexos. Os cálculos da solução de engenharia, são feitos levando em consideração que canal trabalhará cheio. De outra forma, a dilatação das placas de concreto, impostas pelo calor, acarretará em quebra e fissuras, danificando-as em pouco tempo. 

Em alguns pontos, as obras aparentam abandono. Até os canteiros de obras parecem desativados. Mato pra todo lado, sem um operário na lida. As poucas máquinas que restam, quando ainda restam, estão sendo cobertas pelo mato seco. 

Dizem que os trechos foram escolhidos de acordo com a aproximação política do prefeito do município e dos interesses do governo federal, com fins eleitoreiros.


Se a solução adotada fosse a da construção em trechos contíguos, sequenciados a partir do Rio, com o canal sendo ativado a cada trecho pronto, parte de nossa tragédia humana seria amenizada. Porque se, segundo o Ministério da Integração Nacional, 40% das obras já estão prontas, teríamos a mesma proporção de área atendida pelas águas do Velho Chico, dando condição ao povo de plantar, colher e alimentar o gado.

Os especialistas do EMATER e do Ministério da Agricultura, preveem que, se as chuvas se regularizarem, levaremos de 6 a 10 anos para recompor a área plantada e os rebanhos da região.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Resiliência é algo nato ou adquirido?


Esta semana esbarrei num texto, baseado nos estudos da Professora Edna Bedani, que me remeteu a um conversa que tive com um colega de trabalho. 

Na conversa ele reclamava de não conseguir administrar o estresse do trabalho, porque isso não fazia parte dele. 

Tentei convencê-lo que há pessoas que nascem com alguns requisitos para a resiliência. Contudo, esses fatores podem ser desenvolvidos. 

É verdade que não é fácil ir de encontro às características pessoais e valores culturais. Isso exige que se esteja aberto à mudança de atitudes tendo que, em alguns casos, se recorrer a terapia, para que a pessoa se conheça melhor e enfrentar seus medos. 

A resiliência tem muito de inteligência emocional.; Se baseia em saber lidar com as situações como se fosse apenas um expectador, para avaliar a situação e reações para então tomar a ação correta, na hora certa. 

Como na inteligência emocional a resiliência precisa de: 
Autocontrole - o individuo exerce a capacidade de se administrar suas emoções diante dos conflitos, pois o seu comportamento deverá passar tranquilidade as outras pessoas; 
Compreensão atitudinal - É ter a capacidade de ler a situação, compreender isso como um sistema para ter controle nervoso. 
Atitude positiva - também conhecida como OTIMISMO - a pessoa deve ter a capacidade de enxergar na vida as oportunidades com esperança, alegria e sonhos. É manter se atento para identificar o lado bom, até nas situações adversas. 
Análise contextual do ambiente - A pessoa deve ter a percepção das causas e consequências nas relações e as implicações dos problemas, e conflitos existentes no ambiente; 
Empatia/Simpatia - Ter e exercer a capacidade de entender a situação vivenciada pelos outros e habilidade para canalizar os esforços coletivos, promovendo a interação, aproximação e cooperação entre as pessoas; Autoconfiança - ter convicção e convencer os outros da eficácia nas ações propostas; 
Alcance interpessoal - capacidade de criar vínculos, formando redes de apoio e proteção entre as pessoas; 
E, acima de tudo, ter um sentido de vida, fazendo com que dodos entendam que em todas as ações humanas devem ter como objetivo a boa convivência, conforto e confiança.

Avaliando esses atributos, percebe-se que, para a maioria das características descritas aqui, pode ser usada uma técnica para se atingir um objetivo. E se é uma técnica PODE ser aprendido e desenvolvido. 

Características como autoconfiança, atitude positiva e sentido de vida, estas sim dependem exclusivamente da pessoa, como ela se sente e seus valores espirituais e sociais. As duas primeiras podem ser trabalhos com terapias, fortalecendo o autoconhecimento. Já o sentido de vida, este depende de valores sócio-culturais e espirituais. 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O que eu penso da internação compulsória para dependentes químicos.
Situações extremas exigem atitudes extremas,  
até que a normalidade retorne.

Realizei um trabalho numa cidade onde a realidade do crack é muito pior que a vivenciada aqui e a insegurança de andar nas ruas, relatada pelas pessoas de lá era tão assustadora quando a imagem dos zumbis que perambulavam pelos espaços públicos.
Dessa constatação percebi que dar (sensação) segurança aos trabalhadores, estudantes, turistas e demais pessoas é zelar pelos direitos humanos das pessoas que estão produzindo pela sociedade.
Não estou dizendo que os dependentes químicos devam ser tratados como uma "coisa". Afirmo que a sua dignidade de cidadão deve ser restaurada, tirando-o da marginalidade e recolocando ele no centro da cidadania, como alguém que produz algo para o seu semelhante. Para tanto deve receber tratamento, mesmo que contra sua vontade (se é que alguém numa especie de surto ou transe, possa ter vontade própria).

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013


Vai começar tudo novamente...
E sempre assim, mal começam as propagandas já aparecem os pseudo formadores de opinião.
Mas, antes que comessem a me bombardear com campanhas de compartilhamento e correntes  tão idiotas quanto o programa em questão, gostaria de deixar bem clara minha opinião:
O BBB é um programa burro, feito por burros, para entreter burros (dai o nome BBB).
No mesmo nível estão Domingão do Faustão, TV  Xuxa, Caldeirão do Hulk e tantos outros.
Assim sendo, não me envolvo nem tomo partido.
O controle remoto esta nas mãos e vê quem quer.  Quem não quer apenas muda de canal, simples assim. 
Se o índice de audiência estiver baixo, não haverá patrocinadores... Não tendo patrocinadores não haverá programa e ficamos livres sem ter que repassar E-mail, assinar listas, preencher formulários...
Mas, é interessante que se veja, pois aquilo é uma radiografia das ruas: Pessoas fúteis, de poucas ideias... pessoas que não sabem fazer absolutamente nada querendo ficar famosas justamente por isso.

Não seja burro... pare de reclamar, mude de canal ou desligue sua televisão.