sexta-feira, 29 de abril de 2011

Somos a soma de nossas vivências.

Revendo um dos meus filmes prediletos, “O curioso caso de Benjamin Button”, voltei a me encantar com uma das cenas mais intrigantes do filme, aquela em que ele conta como foi o acidente que incapacitou sua amada para a dança.
Isso me levou a pensar em que somo hoje o acúmulo de experiências e valores adquiridos ao longo de toda vida.
Dessa forma, aquela idéia de que cada efeito tem uma causa cai por água abaixo.
Dito isso, farei um pequeno exercício: Falava com minha filha mais velha que se eu tivesse tomado posse em um concurso que fiz a muito tempo atrás, nossa vida hoje seria muito mais confortável. Doce Ilusão.
Pra começar se tivesse tomado posse, teria me mudado pra outro estado. Em conseqüência, não teria conhecido a mãe dela. Se ela tivesse nascido eu não seria seu pai.... e daí por diante.
E pra completar, eu seria uma outra pessoa, com outros valores culturais, outros interesses, outros objetivos, outras ambições e outras verdades.
Não sei se seria melhor ou pior, mas com toda certeza seria outro.



quinta-feira, 21 de abril de 2011

Pascoa, também, significa renascimento, não estritamente no sentido da reanimação do corpo.
Mas, acima de tudo, na capacidade que temos de sermos diferentes a cada momento, de seguirmos melhorando a nós mesmo e ao mundo com o qual interagimos.

Pascoa é poder fazer (re)nascer nos outros a esperança, a crença na humanidade, a fé no ser humano.

Pascoa é não perder a fé.



Que DEUS toque o seu coração, todos os dias, e não deixe morrer a bondade que existe nele.

sábado, 9 de abril de 2011

Luto pelas crianças de Realengo-Rio de Janeiro

Esta semana pretendia falar sobre os que se escondem/protegem atraz da imunidade parlamentar para cometer crimes. Mas, meu coração está triste. Triste a tal ponto que minha indignação se tornou secundária.

Presto minha solidariedade aos pais e familiares das crianças de Realengo e peço a todos que rezem por essas pessoas, para que tenha força para suportar tamanha dor.

Ouví um comentário na CBN que traduz o meu sentimento e resoví transcrevê-lo.

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Ontem o Brasil sofreu uma das maiores derrotas de sua história de mais de 500 anos!

Que Maracazo, que Sabiá que nada.

Realengo é o nome da tragédia, uma tragédia de verdade.

O Brasil perdeu doze crianças estupidamente.

Quem sabe se perdeu um Pele, uma Maria Ester Bueno, uma Hortência, ou uma outra Elis Regina, ... ou uma outra Dilma Rousseff...

Sabemos que perdemos uma Ana Carolina ... Pacheco Da Silva, Bianca Rocha Tavares, Jéssica Guedes Pereira, Karine Louraine Chagas De Oliveira, Larissa Dos Santos Atanásio, Outra Larissa, esta, Silva Martins, uma Luísa Paula da Silveira, Uma Mariano Rocha de Souza, uma Milena dos Santos Nascimento, Uma Samira Pires Ribeiro, Um Rafael Pereira da Silva e mais um menino cujo nome ainda não foi revelado.

Todos entre doze e quinze anos.

Doze famílias choram hoje, nessa manhã que não tem bom dia, a perda de seus filhos, seus netos e seus irmãos.

Dez garotinhas e dois garotinhos. Uma desgraça que não permite que se fale de mais nada...

(Juca Kfouri)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Mordaça cívica


Sinto-me amordaçado!

Por outro lado, a surdez dos nossos políticos, que insistem em fazer de contas que os nossos anseios não existem, incomoda.

Ao contrário do que se fala, entendo o Dep. Tiririca como alguém que representa uma parte (e grande da população) que não teve direito a educação, que teve que optar entre estudar ou trabalhar para sobreviver, que sem perspectiva de vida teve que usar das suas características físicas (franzino, mal vestido, desdentado, de “cabelo ruim” e falando errado) para criar um personagem e viver de palhaçadas.

Contudo, o que não aceito é ver que um partido político faça uso da popularidade de uma pessoa como elevador para seus afiliados ruins de votos. Tiririca entrou para a política e levou com ele quatro incompetentes nas urnas. Essa “proporcionalidade” eleitoral é tão ridícula quanto ter de um (“semi”)analfabeto criando leis.

A história da democracia “a brasileira” deve ser reconhecida como vanguardista. Já se inventou de tudo: Senadores biônicos, candidato laranja, voto vinculado, etc..

Agora, estão inventando o candidato secreto. É mais ou menos assim: O partido faz uma lista, você vota no seu candidato, contudo o seu voto vai para o partido e este segue a lista de prioridades que inventou, privilegiando seus caciques e não a vontade popular. Assim, você não saberá em quem está votando e, como no voto a Tiririca, continuará elegendo candidatos em quem você não votou.

Barbosa Lima Sobrinho citava que as leis eram a representação dos costumes e desejos do povo. E, contrariando os desejos de um povo, o STF afirmou a que a lei dos fichas sujas não valeu para 2010, dando direito de posse a quem quer se servir da pátria e não servi-la, como zurravam em seus discursos.

Bem, o ponto em que queria chegar é que eleição é um assunto que diz muito mais respeito ao eleitor que ao candidato.

O Eleitor vai as urnas para escolher um candidato que o representará. Então, que os deputados e senadores saibam que gostaríamos de ser ouvidos quanto a esta reforma política.


Que lhes caiam a ficha que estão lá porque nós os mandamos e que sua função é defender a nossa vontade e não as suas conveniências. Seria muito bom e útil um plebiscito, para que nós, os verdadeiros mandatários, disséssemos como gostaríamos de escolher nossos representantes.

Gostaríamos que, a partir daí, nossa representação fosse verdadeira e não que fizessem uma interpretação que concorde ou respaldasse sua ganância.