quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Orquestra Cidadã dos Meninos do Coque

A Orquestra Criança Cidadã Meninos do Coque enfim terá uma sede.
Um terreno da marinha, próximo ao local onde hoje eles ensaiam e estudam, foi doado pelo Presidente Lula e a construção do prédio, com auditório para 700 pessoas, camarins, refeitório, salas de estudo e sala de troféus, será uma doação da construtora Odebrecht.
A Orquestra teve seu ponto de partida em 2006, quando a idéia do Maestro Cussy de Almeida foi acolhida pelo então Presidente do TJPE Juiz Nildo Nery e pelo Juiz Corregedor Dr. João Targino, que tiveram a sensibilidade para entender que este projeto mudaria a vida daquelas crianças e da comunidade.
Em 2008 os meninos fizeram uma apresentação, em Brasília, para o presidente quando foi oficializado o pedido do terreno para a construção da sede, que foi bem recebido pelo Presidente Lula.
Meu descontentamento se deve ao homenageado que emprestará o seu nome ao prédio. É injusto que o nome do Maestro Cussy de Almeida seja preterido contra quem quer que seja. Afinal de contas, a idéia surgiu dele ao visitar escolas de música para crianças na Ásia e trazer de lá o método Suzuki adaptando-o, com sucesso, a realidade brasileira. O seu empenho fez com que talentos fossem revelados e ocupassem pautas nos mais tradicionais endereços da música de concerto do Brasil.
Sua atitude proativa, fez ressurgir a autoestima na comunidade do Coque, com a apresentação da orquestra em programas de televisão de alcance nacional.

Para que haja justiça o nome da sala deverá ser Maestro Cussy de Almeida.

Mesagem de final de ano.


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Frases de parachoque


Provérbios da estrada.

O povo brasileiro é notadamente conhecido pelo seu bom humor, até nas coisas sérias.
As estradas brasileiras guardam um bom punhado da sabedoria popular permeada de humor.

Está é a 1ª postagem de uma coleção dessas frases de parachoque de caminhão.
Divirtam-se e reflitam.



* A calunia é como carvão: quando não queima, suja.
* A felicidade não é um destino onde chegamos, mas sim, uma maneira de viajar.
* A fé remove montanhas, a dinamite também
* A fome é o melhor tempero.
* A fortuna faz amigos. A desgraça prova se eles existem de fato.
* A medicina não cura a dor da separação.
* A melhor maneira de se lembrar do aniversario da mulher é esquecê-lo uma vez.
* A melhor vacina contra a AIDS é a comida caseira.
* Aquele que se vende vale menos do que recebe!
* Amigos vem e se vão, inimigos se acumulam.
* A velocidade que emociona é a mesma que mata.
* A vida é como um dado: tem pontos marcados.
* A vida é dura para quem é mole.
* A vida tem a cor da tinta que você usa.
* Casar é trocar a admiração de várias mulheres, pela crítica de uma só!!!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Notícias 2

Parabéns as forças integradas que retomaram o território dominado pelo trafico de drogas para o Rio de Janeiro, restabelecendo a ordem social.
Essa ação policial me faz lembrar a frase de nossa bandeira: Ordem e Progresso.

Como diz meu amigo Fernandinho: “A plicação da força pode ser confundida com o uso da violência, mas, é necessária”.

Notícias 1

Leon Eliachar definia o humorista como sendo a pessoa capaz de fazer cócegas em nossa consciência e como comediante aquele que nos faz rir só com sua presença.
Iniciei nossa conversa por essas definições para lamentar a morte de um comediante. Leslie Nielsen.
Leslie participou de mais de 70 filmes. Começou sua carreira como ator dramático, a exemplo de “O Destino do Poseidon (1972) e “Planeta Proibido” (1956), porém com sua atuação em 1980, em “Apertem Os Cintos, O Piloto Sumiu”, como o médico maluco, deu um grande guinada profissional e passou a ser requisitado para papeis cômicos. Seu grande sucesso aconteceu com a série “Corra Que a Polícia Vem Ai” e Mr. Magoo.
Num mundo aonde as injustiças, a crueldade e a insensatez nos conduzem ao choro quase todos os dias, a perda de alguém que nos faz rir deve ser muito sentida.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Proverbios Muçulmanos

• O homem fala, o tolo discute, o sábio cala.

• O destino nunca favorece quem não considera as consequências.

• A raposa dormiu na cova do leão; quando acordou, ainda era raposa.

• Quando fizeres o bem, oculta-o; quando te fizerem o bem, proclama-o.

• O segredo que ocultas a teu inimigo, não o reveles a teu amigo.

• Só se atiram pedras em árvores frutíferas.

• Por que me perguntas quem sou, se ignoras quem és?

• Repreender a uma alma vil é como semear num campo árido.

• O invejoso adoece quando seu vizinho passa bem.

• Teus sonhos de noite são o despertar do que ti dorme durante o dia.

Os meus favoritos são:
• Enquanto não tiveres conhecido o inferno, o paraíso não será bastante bom para ti.



• Acreditarei no que me disseres enquanto teus atos não te desmentirem.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Provérbios Judeus

“A beleza pode abrir portas, mas somente a virtude entra.”

” Um coração alegre faz uma vida longa.”

” Um cirurgião bom tem o olho de uma águia, o coração de um leão, e a mão de uma senhora.”

” Atravesse o rio onde é mais raso.”

“Antes de comprares a casa, pergunta quem será teu vizinho.”

"Quando a sorte entra em casa, ofereça-lhe uma cadeira para se sentar."

“A preguiça é a mãe de todos os vícios; a filha é a pobreza.”

“Que Deus nos livre dos meio-sábios e dos quase-médicos.”

“A maior das vinganças é o perdão.”

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Desafio

Recebi um desafio bem interessante esta semana: Elencar o que faz uma pessoa ser um profissional melhor. 
Logo de início dá pra perceber que se trata de como uma PESSOA pode ser “melhor” ou “evoluir” em um aspecto de sua vida. 
Tenho, pra mim, que o desejo maior de todo ser humano é ser feliz. E, sob este prisma, não é possível que se privilegie o lado profissional em detrimento do pessoal. 
A retórica de “Ao entrar no trabalho deixar a vida profissional do lado de fora e ao ir para casa não leve sua vida profissional” é algo impraticável. Quem consegue estar absolutamente concentrado no trabalho com um filho doente em casa? Quem consegue dedicar-se plenamente a rotina de casa quando há uma pendência severa de nossa responsabilidade no trabalho? 
Tentando resumir o que pretendia dizer, para ser um profissional melhor, temos que melhorar nos aspectos pessoais: • Aprender a fazer amigos, • Tratar as pessoas como pessoas, • Ser companheiro, cooperativo e solidário, • Ter uma relação familiar afetuosa, • Buscar, dentro de nós, a harmonia e a paz de espírito para levá-la a onde estivermos, • Quebrar as barreiras que dificultam a comunicação, • Saber ouvir críticas, • Deixar sempre na ponta da língua as palavras "com licença", "por favor" e "obrigado", usando-as com sentimento e não só verbalizando. 
E para ser alguém melhor, temos que melhorar nos aspectos profissionais: • Manter-se sempre atualizado, • Cultivar uma rede de relacionamento, • Buscar a humildade em todos os atos, • Praticar a criatividade (lembrado que a fluidez da criatividade é fruto de exercício), • Pensar em seu trabalho como o seu negócio, • Usar e abusar da ética, • Estar disponível para ensinar e aberto para aprender, • Procurar gerar um bom clima organizacional, • Saber ouvir críticas e saber quando e como fazer uma crítica, • Entender que seu trabalho é importante para alguém, além do seu patrão.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

De volta ao mundo real.

Agora que já acabou a campanha eleitoral, podemos voltar a nossa condição de figurantes, da qual nunca saímos de fato.
No calor dos discursos, os candidatos mostravam duas imagens bem diferentes do Brasil, não condizia em nada com o que eu via nas ruas.
Os “ancoras” dessa eleição perderam-se em intrigas pessoais, ou melhor, criaram cortina de fumaça para esconder que seus programas eram tão parecidos que a diferença ficava só no que iria ser efetivamente feito e como isso seria feito.

Enquanto uma bradava que no Brasil não havia problemas, só solução, o outro dizia que no Brasil não havia mais problemas, só os mesmos que não foram resolvidos.
Os dois se perderam, ou melhor, todos se perderam, candidatos, padrinhos políticos, marqueteiros, imprensa e eleitores com das imagens conflitantes entre a “ilha da fantasia” e o “The day after”.

Os principais atores fincaram pé no velho confronto do ufanismo X apocalipse e fizeram da central de boatos sua principal ferramenta de marketing.

O nosso sonho de renovação para acabar com os velhos vícios ficou pra depois. É verdade que alguns caciques não conseguiram manter o seu posto, mas, as caras novas foram poucas, e muitas dessas caras são dos decendentes dos caciques.

A surpresa foi o voto de protesto em um palhaço. Mas, com toda certeza, ele tem representatividade. Ele é a cara e o jeito da grande parcela de brasileiros que não tem acesso a educação, saúde e um trabalho que contribuam efetivamente para o crescimento econômico. Ele representa os flanelinhas, biscateiros, malabaristas de semáforos, limpadores de parabrisa,...
Veio de berço pobre. Veio do nordeste e migrou para o sul. Teve que optar entre o estudo e o trabalho para sobreviver. E ainda dizem que ele não tem representatividade, nem pode estar lá em Brasília.

Após o resultado das eleições, o Brasil volta a sua vidinha de sempre. Tudo aquilo que era “impraticável” passa a ser discutido pelo futuro governo, pois pode ser exeqüível. Tudo aquilo que era incogitável, volta à baila como “É uma justa solicitação dos governadores”,...


O palco foi desmontado, mas o jogo de cena continua.

domingo, 24 de outubro de 2010

Provérbios árabes

"O dinheiro faz homens ricos, o conhecimento faz homens sábios e a humildade faz grandes homens".

"Quando um homem cava um poço muitas pessoas conseguem água".

"Aquele que realmente quer aprender sempre encontrará uma nova lição".

"Os sábios aprendem com os erros dos outros, os tolos com os próprios erros e os idiotas não aprendem nunca."

"A dúvida é a ante-sala do conhecimento"

"arrumamos os cabelos todos os dias, mas esquecemos do coração"


domingo, 17 de outubro de 2010

Felicidade

Andei dando uma lida em nos meus textos antigos, anteriores a criaçãodo blog, e que foram comentados pelos leitores.

Achei que alguns são cabíveis aos objetivos do blog e vou pasar a publicálos


Conversa de fim de semana nº 30 - Felicidade (28-março-09)

Para o dicionário, felicidade é Bom êxito, Sucesso.
E no nosso dia a dia, o que significa?
Ainda no dicionário, a palavra felicidade tem como raiz a FELIZ.
Esta, por sua vez, tem como uma de suas definições o estado de alegria, contentamento.
O primeiro verbete nos deixa a impressão que a felicidade depende exclusivamente de nós. Já o segundo, nos lembra que a motivação está em nós, mas o estímulo vem da interaçãocomo meio em que vivemos.
É preciso entender que a felicidade não é algo que só acontece quando saímos de férias, vamos a uma festa ou, ainda, quando nosso time é campeão.
Na grande maioria das vezes, é o sentimento de realização que nos tornam plenos.
Assim, infere-se que a felicidade anda de braços dados com a competência.

Para ser feliz, é necessário traçar e realizar suas metas, mesmo que intuitivamente. Metas inalcançáveis nos levam a ansiedade, frustração, desilusão, que são estados geradores da INFELICIDADE.
A grande maioria das pessoas tem no trabalho somente como uma fonte de sobrevivência. Quem ainda não escutou a frase “lá vou eu pro sacrifício” ou suas variantes?
No momento em que essas pessoas perceberem que o trabalho pode ser uma possível fonte de prazer,muita coisa mudará em suas vidas, pois ele se tornará uma fonte de realizações.
Como identificar se você está apenas sendo um sobrevivente da vida em vez de um protagonista de verdade?

Bem, uma pessoa está apenas sobrevivendo quando:
• Sai com alguém que não ama somente para aplacar a solidão;
• Tem relações sexuais só para manter o casamento;
• Enche o seu filho de presentes para compensar sua ausência;
• Está fazendo joguinhos de poder para manter o emprego;
• Não consegue desgrudar os olhos da TV, com medo de escutar a voz da consciência.

Chega de migalhas de vida! Chega de prêmio de consolação! O ser humano merece a plenitude de sua existência, afinal Felicidade não é apenas um verbete de dicionário.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O Twitter pode ser entendido como uma espécie de termômetro para os temas que andam na cabeça dos internautas.

Ontem, 11/10/10, entre os temas que estavam bombando, o reflexo do debate ficurou entre os principais assuntos do Twitter. Entre os mais citados no Trending Topics foi #dilmanao. Em contraposição, petistas tentaram emplacar um #dilmasim, que não fez grande sucesso e sequer chegou a ser um dos assuntos mais citados.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Do discurso a prática

Tenho visto, em muitos dos lugares que vou, uma má interpretação de alguns conceitos da administração.
Por exemplo, as empresas que estão buscando a qualidade têm a mania de mudar o nome das coisas, mas não mudam a maneira de tratá-las. Empregado passou a ser colaborador ou associado. Contudo, continuam sendo tratados como empregadinhos semi-escravos.
Os gestores discursam valorizando o trabalho em equipe, mas continuam com a prática de premiar o melhor dos iguais.
Gastam rios de dinheiro com consultorias, mas não investem na qualificação de seu pessoal muito menos no ambiente de trabalho. A reforma é sempre nas salas da alta administração e na recepção para impressionar os visitantes. O refeitório (quando tem refeitório) continua escuro e com mesas mal conservadas. Os sanitários com problemas de vazamento dágua, sem toalhas de papel e sem papel higiênico.
A reengenharia por aqui não foi vista como uma forma de mapear os processos, medir os seus tempos e redistribuir funções e recursos. Aqui serviu apenas para diminuir a folha de pagamento e sem resolver os problemas de retrabalho, devio de função e desalinhamento de processo.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O papel das leis para a sociedade

Pouco após a promulgação da constituição de 1988, Dr. Barbosa Lima Sobrinho em entrevista disse: “As leis devem refletir os costumes, cultura e desejos de um povo”

O artigo 61 da CB de 1988, regulamentado pela lei 9.709 de 1998, permite a apresentação de projetos de lei por iniciativa popular, além do poder executivo e legislativo. No caso da iniciativa popupar, a constituição exige como procedimento a adesão mínima de 1% da população eleitoral nacional, mediante assinaturas.
Este ano tivemos a rara oportunidade de ver aprovada uma Lei De Iniciativa Popular, a chamada Lei da Ficha Limpa, assinada por mais de 2 milhões de pessoas, que agiram dessa forma expressando o seu desejo de ver fora da política pessoas com desvio de conduta pública.
Agora, os DEUSES do Olímpo, sob a forma de ministros do STF, querem fazer um entendimento diferente daquilo que foi nossa vontade.

Essa atitude nos deixando frustrados.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Insight

Hôje, enquanto estava levando minha filha a escola, no ônibus que parou a nossa frente havia uma publicidade de um curso de informática a distância.

A publicidade dizia o seguinte: "Aprenda informática gratuitamente sem sair de sua casa"

Ela disse: "Pra pessoa aprender informática vai ter que usar um computador e acessar a internet!".

A simplicidade do pensamento de uma criança é, muitas vezes, desconcertante.




domingo, 26 de setembro de 2010

Não sou uma Commodity.

Algumas idéias me tomaram a cabeça essa semana.
A primeira é como as pessoas são tratadas como commodities. Arroz parbolizado, soja, minério de ferro, açúcar cristal e papel oficio A4 são exemplos de comodities. Existem varias marcas, mas são semelhantes.
Pessoas não. Cada pessoa é composta pelos seus valores familiares, religiosos culturais,... Esse conjunto de valores forma o legado histórico. A eles se somam seus objetivos de vida e o grupo social que convive, o tirocínio e as experiências vivenciadas.
Cada um desses elementos, em proporções diferentes, afeta o comportamento humano de forma tal forma que não haverá duplicata.
Contudo, somos cobrados no trabalho, no convívio social e, até mesmo, no grupo familiar para agirmos iguais uns aos outros.
E pra piorar querem que sejamos os mesmo todos os dias.....

Só pra quebrar a monotonia, nada mais interessante que aqueles quadros de supermercado "O colaborador do mês", elegendo o melhor dos iguais.

As outras idéias foram:
- O papel das leis na sociedade,
- Equipe X talento.

Mas, ficarão para outros encontros.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A vida tem dessas coisas

A vida tem dessas coisas.
Quando estamos por perto achamos que a vida nos toma muito tempo para reverenciar os amigos... e só nos damos conta que deveríamos ter feito mais por eles, quando não temos mais essa oportunidade.
É por isso, toda vez que encontro velhos e novos amigos pelas ruas, faço questão de fazer-lhe a maior festa.
Devo aproveitar cada instante, pois não sei haverá outra chance de dar ou receber um abraço.
Temos hoje ferramentas para "falar" com amigos mundo a fora e não temos tempo suficiente para ir a um outro bairro, na mesma cidade em que moramos, para dizer um alô.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O nordestino é acima de tudo um forte. (Euclides da Cunha)

Quis iniciar nossa conversa com essa frase porque nós nordestinos não nos valorizamos o bastante. E pior que isso, quando encontramos alguém que faz pouco da gente dessa terra, a maior reação que se esboça é um sorriso amarelo. São realmente pouco os que se indignam com as atitudes, dos “irmãos” de outras regiões do país, carregadas de desdem, rancor e preconceito.
Tivemos ontem, 21/9/2010, no SBT, o primeiro debate entre os candidatos a presidente com foco nas ações dirigidas ao nordeste.
Um dos candidatos faltou. Essa ausência soou de forma estranha para mim. “Quem não deve não teme”.
Outro espectro dessa ausência foi a falta de respeito ao nordestino, povo que está fazendo o diferencial favorável nas pesquisas.
Será que não há nada a dizer sobre as obras que diminuirão as distorções regionais, e que não estão andando? Qual é a sua visão de prioridades e necessidades?
Ao contrário disso preferiu nos gritar o seu silêncio, seu desrespeito, o seu desprezo.
Eu mereço mais que isso.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O pior cego.....

Axioma popular diz: O pior cego é o que não quer ver. Millor Fernandes reformulou e diz: O pior cego é o que não quer ouvir.
É uma afirmação mais sábia. Aprendemos mais ouvindo do que vendo. Ouvir é um ato de humildade e de respeito ao próximo.
Temos uma tendência a imaginar que o mundo deve ser de acordo com o que pensamos e que nossos valores são universais. O mundo é plural e diverso. Heterogêneo como a natureza que resiste a todas agressões. Apesar das piores catástrofes a vida já renasceu várias vezes. Para melhor nos harmonizarmos com nós mesmos e os próximos mesmo longínquos e desconhecidos temos que saber ouvir.

O mais humilde dos seres humanos, mesmo analfabeto certamente terá alguma coisa para nos ensinar. Se formos humildes e soubermos ouvir enriqueceremos nosso conhecimento e nossa visão de mundo.


Extraído do Blog de Maurílio Ferreira Lima (www.maurilioferreiralima.com.br)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Amor, ódio e desprezo

Para dois grandes psicoterapeutas, Dr. Luiz Schetinni e Dr. Flávio Gikovate, o sentimento oposto ao amor não é o ódio como muitos pensam.
O Ódio é outro sentimento, com intensidade semelhante ao amor, porém, com motivação dirigida para a destruição ou o aniquilamento.
Se amar é querer bem, desejar o bem, se importar pelo bem do outro, o oposto é não querer, não desejar, não dar a menor importância.
Então, o desprezo é a oposição ao amor.




Indicação de leitura:
http://filosofiaaprimeira.blogspot.com/2009/07/amor-odio-desprezo.html
http://daniellelb.blogspot.com/2010/09/o-desprezo-e-pior-do-que-critica.html

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Deu no Jornal



A BBC Brasil informou, nesta quinta feira (9/9/2010), que o Brasil aparece em 58° lugar em uma lista sobre a competitividade econômica entre 139 países. Nesta avaliação o Brasil aparece duas duas posições abaixo de sua colocação em 2009. O seu melhor item de avaliação é o tamanho do mercado (10º no ranking) e os piores são os itens de ambiente macroeconômico (111º), que tem entre outros subitens a distribuição de renda e renda percapta, e eficiência do mercado de bens (114º), que avalia os custos de transporte e armazenamento, aproveitamento de matéria prima e controle de efluentes.
O Brasil é colocado pelo WEF no grupo de países com estágio intermediário de desenvolvimento, impulsionado pela eficiência.

O ranking atual é liderado pela Suíça, que manteve a posição do ano passado, seguida pela Suécia, que subiu duas posições, e por Cingapura, que manteve o terceiro posto. Os Estados Unidos caíram do segundo lugar em 2009 para o quarto lugar nesta avaliação. Entre os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), ocupamos a penúltima posição. A economia chinesa é a que está em melhor posição, ocupando a 27ª colocação. A Índia aparece no 51º lugar, enquanto a Rússia manteve a 63ª posição.
Na América Latina, o Chile é o que tem a economia mais competitiva, segundo na 30ª posição global.
A organização avalia que a melhora da situação do Brasil nos últimos 20 anos, período em que subiu 16 posições no ranking, se deve aos esforços para alcançar a estabilidade econômica, a liberalização e a abertura da economia, além da redução da desigualdade, entre outras coisas.
Os itens avaliados pela WEF são divididos em três categorias:

  • Requisitos básicos, que inclui infraestrutura, ambiente macroeconômico, saúde e educação primária);
  • Promotores da eficiência, que inclui educação secundária, treinamento, eficiência do mercado de bens, eficiência do mercado de trabalho, desenvolvimento do mercado financeiro, preparo tecnológico e o tamanho do mercado), e
  • Fatores de inovação e sofisticação, onde são avaliadas a sofisticação empresarial, inovação entre outros atributos.

Fonte: BBC- Brasil www.bbc.co.uk/portuguese. (Acessado em 9/9/2010)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Mudanças acontecem

As mudanças são sempre interessantes, sejam elas para melhorar as coisas ou simplesmente para entendermos que perdemos algo pelo caminho.
Os cinemas, por exemplo, são ótimos exemplo de como mudamos nosso comportamento e cultura.
Antes falávamos: “Vamos pegar um cineminha”. E esse convite conduzia ao conceito: “ir a tal hora para determinado local, porém, não sabíamos se iríamos assistir a aquele filme naquela sessão de cinema”. Os filmes começavam e terminavam com gente dentro das salas de exibição.
Hoje, esse divertimento tem stress. As salas são pequenas, muitos filmes no menos local, poucos guichês de bilheteria para o complexo de salas, resultando numa fila enorme. O filme tem horário certo para se entrar na sala e ao fim somos todos expulsos.
Se perdermos o início do filme, ou se algo escapou a nossa compreensão, não podemos ver novamente. A não ser que entremos mais uma vez na fila da bilheteria para deixar lá nosso tempo e dinheiro e esperarmos pela próxima sessão que tenha vaga.
É bem verdade que as salas de exibição, hoje, são bem mais confortáveis, o som é bem melhor. Contudo, essa “exclusividade” transformou esse lazer em um negócio caro, onde não há a menor certeza que a relação CUSTO X BENEFÍCIO estará a favor do expectador. Ir a um "cineminha" hoje significa encontrar uma vaga para estacionar, entrar numa fila para comprar os ingre$$o$, entrar noutra fila para comprar refrigerante$, pipoca$ e chocolate$ e, na saída do filme, fazer um lanche bá$ico e, para terminar, entrar na maior das filas para pagar o estacionamento do $hopping.

terça-feira, 10 de agosto de 2010


Imagine uma empresa sem mecanismos de controle de freqüência para seus funcionários, pois ela aplicava a política de horário flexível além de administrar por tarefa em vez de jornada diária de trabalho.
Em suas instalações havia uma lanchonete sem atendente e sem a figura do caixa. O próprio funcionário preparava o seu lanche, anotava suas despesas num livro para desconto na folha de pagamento, recolhia e limpava os utensílios que usou.
Uma biblioteca completava esse ambiente. Livros, revistas, jornais, manuais, tutoriais a disposição da “comunidade” para serem lidos e consultados a qualquer hora. Esse espaço também poderia ser utilizado para “refrescar a mente” ou para trocar idéias sobre problemas do trabalho.
O novo funcionário, ao ser admitido passava por um treinamento 40 horas, uma semana, para conhecer a cultura da empresa, se familiarizar com os novos colegas e aprender um pouco sobre ética no trabalho, comportamento profissional e relações humanas.
Nesta empresa, 6 em cada 10 empregados têm curso superior e mais da metade destes, algum curso de posgraduação.
A gestão de seu negócio era feita de forma participativa, com o incentivo dos gerentes e diretores para a participação dos técnicos de forma a agregar o conhecimento técnico no planejamento das ações da empresa.
Os projetos bem sucedidos eram documentados, de forma detalhada, criando um banco de dados para gestão do conhecimento.

Essa descrição nos leva a imaginar uma empresa contemporânea, alinhada as tendências atuais da moderna administração (gestão participativa, gestão do conhecimento, gestão por unidade de negócios, jornada flexível de horário e gestão de talentos), mas essa é uma empresa que não existe mais.

Trabalhei nela entre 1988 a 1993.
A IT – Cia Internacional de Tecnologia, foi criada na segunda metade da década de 70. Foi a primeira empresa a desenvolver um sistema para controle e processamento de imposto de renda. Foi pioneira também no desenvolvimento de sistema de teleprocessamento de compensação bancária.
Não sei de fato o que levou essa empresa a “quebrar”. Algumas pistas para o que pode ter acontecido são as seguintes: Centralização de atividades em poucos e grandes clientes; resistir por muito tempo à tendência da microinformática; Não medir de forma adequada as ameaças do mercado e tecnológicas.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Definição de Saudade

Gostaria de recomendar a vocês o Blog do eu amigo Rodrigo, em especial essa postagem dele.
http://bussolacrista.blogspot.com/2010/07/definicao-de-saudade.html

Vale a pena ler e refletir sobre o assunto.

domingo, 25 de julho de 2010

O maestro da ação social

Nesta sexta feira passada, 23/7/2010, Cussi de Almeida aceitou o convite para reger um coro de anjos.
Como um dos temas que este blog costuma abordar é a responsabilidade social, o trabalho e vida do Professor e maestro Cussi de Almeida não poderia ficar de fora.
Filho do compositor e professor de piano Wademar de Almeida, como se diz de todo artista, não nasceu mas estreou em Nata/RN.
Desde muito jovem já despontava como uma promessa musical. Aos 11 anos fez vários recitais pelo Brasil. Já morando em Pernambuco, estudou com Prof. Vicente Fittipaldi, e aos 14 anos iniciou sua carreira de instrumentista de orquestra na Orquestra Sinfônica do Recife.
Após voltar de seus estudos na Europa, onde estudou e trabalhou com René Bemedetti e Vila Lobos, dedicou-se ao ensino da musica e do violino. Passou a estudar a musica nordestina e suas influência.
Este estudo lhe levou a criar, na década de 1970, a Orquestra Armorial de câmara.
Criou também, a orquestra de cordas dedilhadas e em 2003 a orquestra Oragem.
Essas três orquestra tinham em comum a convivência entre instrumentos eruditos e populares e um repertório calcado na cultura nordestina.
Sua mais nova criação, com o apoio do Juiz João José Targino, foi o projeto social; Orquestra dos Meninos do Coque.
Essa orquestra tem como meta a profissionalização das crianças dequela comunidade na música. Os resultados do projeto são muitos, melhoria na qualidade de vida das famílias, aumento do rendimento escolar das crianças do projeto e emprego e renda. Na comunidade, também há um reflexo visível, a aumento da autoestima.
Os talentos despertados ali já começam a despontar. Em 2009 uma das crianças, o 1º violinista da orquestra, recebeu um bolsa de estudos para estudar na Polônia.

Há pessoas que são insubstituíveis. Cussi é uma delas.


Homenagem da Orquestra dos Meninos do Coque ao seu grande criador.
http://www.youtube.com/watch?v=idx4HqIbMwE&feature=player_embedded#!

sábado, 10 de julho de 2010

Administração de conflitos

Não posso negar que tive um enorme prazer em assistir a Argentina de Messi, Teves, Milito, Di Maria e Maradona tomar um chocolate com sabor de chucrut.
Contudo, tenho que admitir que senti um pouco de inveja diante da atitude de Maradona para com seus comandados, entrando no gramado, após o final do jogo, e cumprimentando cada um de seus atletas pelo trabalho bem feito, consolando os que choravam e dando-lhes esperança para um recomeço de trabalho visando o próximo desafio.
De outro lado, sobrou desequilíbrio emocional à equipe brasileira: Robinho procurando briga, Felipe Melo, acintosamente, pisando um adversário caído, Lúcio, o Capitão da equipe, pondo as mãos na cabeça sem saber o que fazer após o segundo gol holandês e Dunga, que deveria ser o estêio de todo o gupo, esmurrando a estrutura metálica do banco de reservas.
Ouvi uma defesa para este sentimento através da frase: “Eles não tem sangue de barata”.
Contudo gostaria de lembrar aqui outro momento brasileiro em copas do mundo.
No Mundial de 1958, na Suécia, aconteceu um fato marcante na partida final daquele campeonato. Jogavam Brasil e Suécia (anfitriã do torneio), após o Brasil sofrer o 1º gol do jogo, Didi, capitão da equipe canarinho, foi buscar calmamente a bola de dentro do gol brasileiro para levá-la ao centro do campo para um novo reinício de partida. Enquanto caminhava falava aos companheiros que aquilo não era o futebol brasileiro, que podiam reverter o placar desde que se apresentassem como jogadores brasileiros e que jogassem o futebol brasileiro, sem entrar no jogo do adversário.
Aquela atitude tranqüilizou a equipe e deu confiança para que os jogadores virassem a partida, que terminou com a vitória brasileira por 5 a 2.
A atitude do capitão da equipe resultou na conquista do primeiro título mundial para o Brasil.
Essas duas atitudes bem divergentes que podem ser compreendidas pelo uso da inteligência emocional para administração de conflitos.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Uma mãozinha do destino

A Copa do Mundo é um prato cheio pra se falar em ética, principalmente porque a primeira bandeira que entra em campo, antes mesmo das equipes representantes dos paises, é a do Fair-play, que apesar de não haver tradução fiel para o português tem o significado de jogo limpo, honesto e cordial.
Na Copa do Mundo de 1986, no México, Maradona levou a Argentina ao título mundial com um gol de mão. O mundo todo, principalmente os ingleses e nós brasileiros, caiu de pau em cima, já que aquela atitude representava o avesso do ideal desportivo.
Muitos anos depois, nas eliminatórias da Copa 2010, o craque francês, Thierry Henry, ajeitou a bola com a mão e fez o gol que levou a Fraca a classificação. Mais uma vez, todos, inclusive nós brasileiros, alardeamos nossa indignação diante da artimanha utilizada por um jogador de notória categoria, para sair da partida como um herói.
Em ambos os casos a máxima “Os fins justificam os meios” serviu de mote de defesa.
No dia 20/6, tivemos a brilhante apresentação da Seleção Brasileira contra a Costa do Marfim, que terminou com o placar de 3X1 para a seleção do Dunga.
Começa o jogo e, logo nos primeiros minutos, Lúcio bate com força no braço, ainda machucado do atacante adversário, que havia fraturado o cotovelo nos amistosos de preparação, como um claro recado que “não se meta a besta que o pau vai comer”.
Quando a Seleção Canarinha já levava vantagem no placar, Luis Fabiano, “O Fabuloso”, pôs a mão duas vezes na bola, a primeira de forma não intencional, já que se encontrava de olhos fechados. Contudo, a segunda já o fez de maneia intencional para que ela não saísse de seu domínio.
Para ele, foi a tinta que deu realce a “pintura”.
E para nos, será motivo de orgulho ou vergonha ver que um time favorito ao título mundial necessita de recorrer à malandragem para vencer uma seleção sem tradição e de poucos talentos?


domingo, 6 de junho de 2010

Parabens a Cristina Tavares

Esta semana comemoramos o aniversário da jornalista, professora e política, Maria Cristina de Lima Tavares Correia, que nasceu em Garanhuns a 10 de junho de 1936.
A jornalista, trabalhou como repórter do Diário de Pernambuco, Jornal do Commércio e da sucursal em Pernambuco da Folha de São Paulo, chegando a Dirigir a sucursal pernambucana da revista Visão, além de colaborar com o semanário recifense Jornal da Cidade.

Na década de 1970, foi assessora de Ulisses Guimarães, presidente do então Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
Sua carreira como parlamentar começou em 1978, quando se elegeu a 1ª Deputada Federal por Pernambuco, com 22.519 votos. Foi ainda eleita para mais dois mandatos, em 1982, com 27.963 votos e em 1986, com 40.613 votos.

Em 1983, fundou no Recife o Centro de Estudos Políticos e Sociais Teotônio Vilela. Em 1988, foi uma das fundadoras do PSDB em Pernambuco e candidata, derrotada, a vice-prefeita do Recife, na chapa encabeçada pelo ex-deputado Marcus Cunha.

Na Câmara Federal, elaborou 139 projetos; proferiu 334 discursos; participou de 2 comissões parlamentares; presidiu outras duas comissões; na Assembleia Constituinte 86, foi relatora da Subcomissão da Ciência e Tecnologia e da Comunicação e da Comissão de Sistematização; apresentou 227 emendas, das quais 95 foram aprovadas.

Mesmo sem nunca ter sido integrante do Movimento Feminista, Cristina Tavares compreendeu o quão desumanas eram as desigualdades de gênero. Neste sentido, ela firmou e assumiu inúmeros compromissos com as mulheres, legislando em defesa dos direitos civis, políticos e sociais da parcela feminina da população.

A sua trajetória partidária iniciou-se no antigo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), onde fazia parte do chamado grupo autêntico, com Ulysses Guimarães, Jarbas Vasconcelos e outras pessoas que empreenderam resistência parlamentar ao Regime Militar. Sendo assim, Cristina Tavares lutou, junto à Câmara Federal, pela emancipação política das mulheres; pelos direitos das empregadas domésticas e das trabalhadoras rurais; pela posse da terra; pela assistência integral à saúde da mulher; pela descriminalização do aborto, e contra as desigualdades de tratamento entre homens e mulheres.

É de sua autoria, ainda, a emenda constitucional que veio a reconhecer e consagrar o direito da mulher, como cabeça do casal, perante o imposto de renda. Foram também de sua autoria vários outros projetos voltados a combater a discriminação das mulheres no mercado de trabalho, bem como a violência física, moral, jurídica e institucional que elas vinham sofrendo. O grande destaque de sua atuação parlamentar foi autoria do capítulo do Códogo Civil Brasileiro que trata da Família.


Cristina Tavares publicou oito livros, entre os quais “A Última Célula – Minha Luta Contra o Câncer”, pela Editora Paz e Terra. Morreu a 23 de fevereiro de 1992.

sábado, 29 de maio de 2010

Progressão ou promoção automática?


O governo federal está discutindo uma modificação no sistema de educação brasileira e as propostas postas a mesa batem de frente com o que acredito e com o que entendo por certo.
vejam porque.
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PROGRESSÃO CONTINUA & APROVAÇÃO AUTOMÁTICA ( Por FRANCISCO DE PAULA M. AGUIAR)

Li uma reportagem publicada no Jornal O Estado de São Paulo, afirmando que a Fundação Victor Civita realizou uma pesquisa com professores do Brasil, onde mostra que 26% (vinte e seis por cento) dos entrevistados afirmam que “seus alunos não sabem ler nem escrever”. É importante lembrar de que os docentes entrevistados trabalham em sala de aula com Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, em todos os Estados da Federação Brasileira. Daí a importância singular da pesquisa em tela.
Os números dessa pesquisa me deixaram perplexo, pois, trabalho com educação há 44 anos com compromisso com o meu ideal de transmitir, orientar àqueles que me dão a honra de lhes ensinar.
Acredito que a “progressão continua” idealizada e defendida por Paulo Freire não é a chamada “promoção automática” dos dias de hoje, com seu caráter mascarador para evitar que o Governo Federal, através do FUNDEB, deixe de enviar dinheiro para os Estados e Municípios. Pelo contrário, o idealizador do sistema da “progressão continua”, defendeu a idéia do bom ensino, da leitura do mundo e da educação como meio para a libertação e o respeito. Infelizmente, as idéias defendidas por Paulo Freire foram distorcidas e o que vemos é uma educação pública em crise permanente.
No modelo atual basta que o aluno faça sua matrícula para ter como prêmio sua promoção automática para a série seguinte na Educação Básica, tenha ou não sido alfabetizado.
Agora, pergunto: a quem interessa a reprovação do alunado brasileiro atualmente?
Que mundo é este onde é possível pensar numa escola que garante o diploma, mas não garanta o mínimo de aprendizagem?
De que adianta ter um diploma e não ter o domínio da leitura e da escrita para prestar um bom serviço ou prestar um concurso público e ser aprovado com dignidade?
Quero deixar bem claro que não defendo a volta de reprovação em massa como solução.
O que proponho é que façamos, de fato e de direito, alguma coisa concreta, com urgência, e não apenas criticas e manifestos escritos, com esse artigo e inúmeros outros. Proponho que possamos planejar e repensar o fazer pedagógico (docente) para transformarmos o sistema educacional brasileiro e a estrutura em vigor de maneira real e consciente.
Tal tarefa não é brincadeira. Demanda acima de tudo coragem e vontade política dos governantes para modificar um sistema injusto e que transformou a educação pública duvidosa e evoluindo para uma enganação continuada.
.... se não começamos um grande plano de mudança estaremos coniventes, omissos e passivos diante do erro de todos os anos aprovar automaticamente os nossos alunos, filhos de pais e mães que ganham um salário mínimo ou menos.
... os autores da chamada “PROGRESSÃO CONTINUA & PROMOÇÃO AUTOMÁTICA”, jamais colocariam seus filhos na escola pública que temos hoje, pois, eles os querem cursando medicina, direito, engenharia e outros cursos preferidos pela classe dominante deixando aos filhos dos operários e desempregados uma educação de terceira categoria e incapaz de concorrer a qualquer tipo de concurso, a não ser por sistemas de cotas.

quarta-feira, 19 de maio de 2010



Vi hoje (19/5/210) uma vitória do poder do povo sobre as elites políticas do pais.
Contudo, é uma pena que isso tenha acontecido as vésperas de uma eleição.
Vimos o ferrenho discurso do senador Romero Jucá, dizendo: “Isso não é de Interesse do governo”. Mais uns tantos deputados e senadores propondo emendas “escrotas” só com o intuito de procrastinar a votação e desvirtuar o conteúdo de maneira que favoreça a ele mesmo ou seus comparsas de bandidagem.
O clamor público (obvio que reforçado pela força da imprensa) foi mais forte.
E para não saírem mal na foto, até o Romerito votou e trabalhou em favor do projeto, já que em nome do governo retirou da urgência urgentíssima alguns projetinhos do governo, que “entupiam” a pauta de votação.
Um levantamento prévio identificou que se a lei passar a vigorar nesta próxima eleição, um em cada quatro políticos não poderiam se candidatar.
É uma pena que teremos que assistir esses parasitas, que passaram no ponto de corte, pousando de padrinho da Lei da Ficha Limpa.
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Obs.: Como o projeto que distribui os royalties do pre-sal, que só irá gerar royalties em aproximadamente 10 anos, pode ser urgência Urgentissima????????

domingo, 9 de maio de 2010

A cabeça de nossos represenantes.

Este mês está sendo muito profícuo em acontecimentos inusitados: A inauguração de um navio que ainda não navega, a fuga de um detido pela polícia do Rio de dentro de uma viatura da polícia, Um ministro de estado recomendando que as pessoas façam mais amor para combater a hipertensão, Um deputado do PT aprovando um projeto de lei eminentemente contrário às políticas do governo (que é do PT). Mas um em especial me chamou a atenção: O projeto de lei que cria o dia municipal do orgasmo.
Vejam a matéria.


Vereadores de Esperantina/PI criam o "Dia do Orgasmo” por ALESSANDRA KORMANN (Agência Folha).
A Câmara Municipal de Esperantina, no Piauí, aprovou por unanimidade um projeto que cria o "Dia do Orgasmo", a ser instituído em 9 de maio.
De acordo com o autor do projeto, o ex-vereador Arimatéia Dantas, 39 (PT), a idéia é que a comemoração da data sirva para discutir a questão e quebrar preconceitos, ajudando as pessoas a viver melhor.
Dantas pensou em elaborar esse projeto depois que percebeu que algumas companheiras demoravam muito para atingir o orgasmo.
...
Ele sonha em levar a prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) para a comemoração. "Ela já quebrou tantos tabus e compreende a dimensão do projeto”.
...
Agora o projeto está nas mãos do prefeito José Ivaldo Franco (PSDB), que deve vetá-lo. "Acho que o município tem outras prioridades. Esse ex-vereador só está querendo aparecer”.
...
O vice-presidente da Casa, Dedé Vitória (PMDB), disse que, "Eu votei a favor só para não ser o único do contra. Mas agora acho que ninguém vai votar a favor, com medo da opinião pública”.



Alguns aspectos que devem ser levados em consideração:
1) Em sua atividade parlamentar, ele percebeu que as companheiras demoravam muito para chegar ao orgasmo, concluímos dai podemos entender que atividade parlamentar deve ser algo muito prazeroso;
2) Levar Marta "Relaxa e Goza" para ser madrinha do evento é o que pode haver de mais oportuno;
3) Deixar o "projeto" do orgasmo nas mãos do prefeito pode dar a conotação de amor pelas próprias mãos;
4) O vice-presidente da casa foi na onda pra não dar para trás.



É ou não muito divertido ver como nossos representantes pensam?

Restanos imaginar qual seria a pena para quem não cumprisse a lei.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Aos 473 anos de Recife

No início um pequeno vilarejo. E esse lugarejo não era mais que o porto de Olinda. Era conhecido por Arrecife dos Navios, visto que os arrecifes quebravam a força do mar e transformavam a foz do Rio Capibaribe num porto tranqüilo e seguro.
Nasce ai, o povoado dos Arrecifes, que com o passar dos tempos ganhou importância como entreposto comercial e rota de entrada e saída das grandes embarcações.
Durante sua história ganhou outros nomes. No século XVII, foi conhecida por Nova Holanda, Mauriststad, Cidade Maurícia ou Mauriceia. Tudo isso durante o domínio holandês.

O povoado cresceu nas mãos do Conde Maurício de Nassau, o inventor do boi voador e do pedágio brasileiro, já que para as pessoas assistirem o boi atravessar uma rua pelos ares, tinha que atravessar a 1ª ponte da cidade, e deixar lá uma moedas de cobre.
Durante a ocupação holandesa foram construídas pontes, ruas, um sofisticado sistema de abastecimento d´água e rede de esgoto e a primeira sinagoga das Américas.
Com a expulsão dos holandeses, muitos comerciantes portugueses, conhecidos por mascates, fixaram ali suas residências, fazendo com que o lugar passasse a ser conhecido por Vila dos Mascates.
Em 1709, o povoado foi elevado à categoria de Vila, ganhou o nome de Santo Antônio das Cacimbas do Recife do Porto.

Em 1823, definitivamente Recife ascendeu à categoria de cidade, não estando mais subordinada nem ao poder central nem a Olinda. Quatro anos após, em 1827, Recife tornou-se a capital pernambucana.
Recife, por ser entrecortada por rios e canais, ganhou o carinhoso apelido de Veneza Brasileira.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Na contramão da responsabilidade ambiental.

Uma das justificativas do governo para a redução do IPI para a indústria de veículos era que, além segurar os empregos dos metalúrgicos, isso seria bom para o meio ambiente pois, carros mais novos lançam menos poluentes na atmosfera.
É verdade que com os recursos tecnológicos os veículos novos poluem menos que os mais antigos.
Contudo, não é verdade que para cada veículo novo saídos das concessionárias um veículo velho deixaria de rodas nas ruas das nossas cidades.
Assim sendo, a frota total aumentou. Então temos veículos novos e velhos lançando resíduos no ar. Os carros velhos, vão para oficinas “pé de escada” e lá as peças velhas são descartadas em qualquer lugar, sem nenhum controle. O óleo e despejado nos esgotos, contaminando a água e o lençol freático.
Os carros velhos, que consomem gasolina, continuarão a abastecer seus tanques e jopgar chumbo e outros resíduos no ar. E os novos, que deveriam usar preferencialmente o etanol, não encontram nas bombas vantagem econômica para usá-lo como alternativa menos agressiva ao meio ambiente.
E por ai o Brasil e incentivado a poluir mais.

E quem sai ganhando? Os bancos, com taxas de 12% ao ano mais correção monetária(para financiamento das atividades produtivas); Os cartões de crédito, com taxas de 8% ao mês; As montadoras, com carros populares a mais de 15 mil dólares; As seguradoras; as multinacionais do petróleo; a industria do plástico; As construtoras, “consertando as ruas esburacadas.....

E por falar em discurso, o que pensar do pré-sal?

terça-feira, 16 de março de 2010

Cristovam Buarque

Esta é parte da entrevista do Senador Cristovam Buarque a Revista Valor econômico, que esta disponível na página do senado.

“Espero não ser candidato a governador, mas, se for, penso em algumas inovações...
...Eu queria chegar nessa idade como estadista. O próximo governador vai ser um xerife. A principal prioridade não vai ser a educação. Vai ser a ética. A grande tarefa é construir uma máquina exemplar de governo, em que mesmo ladrão não consiga roubar e nem os desonestos possam ser corruptos. Essa vai ser a obrigação. Por isso não sou entusiasmado em ser candidato a governador. Não é o que eu gostaria de deixar como marca: construir um governo ético. Queria deixar como marca a mudança na sociedade e não na máquina do governo”


Quem estiver interessado em ler a entrevista na integra pode acessar o endereço abaixo.
http://www.senado.gov.br/sf/noticia/senamidia/principaisJornais/notSenamidia.asp?ud=20100315&datNoticia=20100315&codNoticia=374559&nomeParlamentar=Cristovam+Buarque&nomeJornal=Valor+Econ%F4mico&codParlamentar=3398&tipPagina=1

sexta-feira, 5 de março de 2010

Padronização é para facilitar

Qual a finalidade de se adotar um padrão?

Elevar o grau de qualidade? Adotar um modelo que melhor se adéqua as necessidades? Melhorar o intercâmbio entre coisas que se relacionam?
A respota é sim as três as perguntas anteriores.
Mas, a adoção de um padrão tem como objetivo maior tornar as coisas mais fácies, pois serião seguidas pela maioria (consumidores e fornecedores).
Quem não se lembra do “padrão” de tomada adotado pela ABNT. É bem verdade que ele se apresenta bem mais seguro que os modelos anteriores.
Contudo, os especialistas afirmam que esse mesmo nível de segurança seria atingido com pequenas modificações na tomada de energia, ou no plug dos aparelhos eletrônicos, que já existiam.
A segurança do modelo adotado (ou imposto) pelo Brasil, foi atingida por causa do rebaixo em seu encaixe. Esse mesmo rebaixo poderia ser aplicado a qualquer modelo existente.
Outra modificação que elevaria a segurança seria a substituição do pino metálico do plug, por pinos plásticos, com uma ponta metálica. Essa solução já é adotada nos países asiáticos.
E quais as conseqüências da adoção deste modelo?
Para quem sai do Brasil são bem poucas. O plug fica apenas um pouco mais saliente na parede, em função do seu alongamento para encaixe no rebaixo da tomada brasileira.
Porém para quem vem ao Brasil é bem mais grave. As tomadas dos aparelhos americanos (pinos paralelos chatos), ou as tomadas de três pinos (tomadas de computador) não se encaixam em nossas tomadas. Os plugs do modelo europeu (pinos redondos), por não entrarem no rebaixo, teriam uma área de contato muito pequena e poderiam aquecer, pelo mau contato, ou desprender da tomada causando acidentes.
Em 2009, a ANVISA , estabeleceu uma infinidade de normas para a importação de material cirúrgico sem látex.
Como as importadoras não conseguem comprar esse material em conformidade com as exigências da ANVISA, o mercado está desabastecido.
A conseqüência direta, do excesso de exigências, está refletida no cancelamento de cirurgias em pacientes com mielomeningocele, pela AACD, pois esses pacientes apresentam uma intolerância ao látex.

A padronização existe para facilitar e não dificultar.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Qualquer coincidência é uma mera semelhança

Galo da Madrugada 2010.
A estátua gigante colocada na Ponte Duarte Coelho sugere algo bem diferente.
Olhem as imagens e digam se concordam c
omigo.



quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

"Greia geral" na cultura

Acredito que foi lá pelo final dos anos 80, que a produtora Clave, de Zé da Flauta, criou um programa de televisão chamado Gréia Geral, junto com Valmir Chagas (o Veio Mangaba) que, se não me falha a memória, teve uns dois ou três programas.
Num deles dois matutos, personificados por Zé e Walmir, encontram-se numa picada montados em seus burricos.
Um voltava da feira, onde fora comprar o videogame pro seu filho. O outro, estava a caminho da locadora para alugar o mais novo vídeo de Michael Jackson.
Rolou ali um inusitado papo “hightec“ onde se discutiu sobre tecnologias 16 bits, som dolby, vídeo de sete cabeças e outras coisas do gênero, com o mais puro sotaque do agreste pernambucano.
É bem obvio que era uma caricatura da realidade. Contudo, essa caricatura serve para mostrar que cultura é algo vivo e mutante. Mas, ao mesmo tempo, representava uma crítica a alienação cultural, pela troca de valores locais, fundamentados na identidade regional, por “ valores globais”, empurrados de "guela abaixo".
A mudança de cultura acontece tanto de forma espontânea quanto induzida.
“Ouvi dizer” que uma das funções atuais do marketing é criar no consumidor a necessidade de consumo para algo que acabou de ser criado ou que ainda está nas pranchetas dos projetistas.
Vale como exemplo a ação dos “donos” das programações musicais, tanto no rádio quanto na TV. Eles definiram que a moda seria a lambada, então inventaram o Beto Barbosa. E o povo consumiu. Decidiram que o povo iria gostar do “forró universitário paulista”, então inventaram o “Fala Mansa”. E o povo, mais uma vez, consumiu.
Essa pra tica se repete ciclicamente, onde eles substituem uma “tendência” por outra. Para entender basta ver a trajetória das bandas de pagode, as duplas sertanejas, os grupinhos de jovens quase adultos.
Cada coisa ao seu tempo e ao seu modo, mas tudo foi fabricado num laboratório, manipulado para ter textura e sabor e posto no mercado para ser consumido num prazo curto.
Mas isso não um fenômeno exclusivo da música. Acontece na moda, na tecnologia, na televisão.
Esse modismo se baseia na teoria da compensação, em que cada frustração ou conquista do ser urbano deve ser recompensada com algo que lhe dê prazer ou confira um signo de status.
Esse apelo de mercado é evidente quando as pessoas trocam de relógio, quando são promovidas, que capacidade de mergulho acima dos 200m, enquanto ela não sabe nem mesmo mergulhar.
Esse “marketing”, que procura criar necessidades para dar vazão a sues produtos, que dita o que vai ser consumido, acaba criando uma cultura onde os valores são frageis e acaba com a identidade de um povo.





Volterei logo após o carnaval ou a qualquer intante em edição extraordinária.

André Maia

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Postos de arrecadação de donativos para o Haiti

Desde ontem (18/01) vários supermercados pernambucanos iniciaram uma campanha de arrecadação alimentos não perecíveis e água para as vítimas do terremoto que assolou o Haiti.
Roupas não estão sendo recebidas por conta de um pedido do governo do Haiti com a finalidade de priorizar alimentos e água.

Ai vão os supermercados que estão arrecadando:

Extra (Boa Viagem e Madalena)
Pão de Açúcar (Parnamirim e Aflitos)
Hiper Bompreço (Boa Viagem)
Arco-Íris (Prazeres)

Além de outros pontos montados pelo exército, como o 3o. Jardim em Boa Viagem, Praça Fernando Figueira, próxima ao Imip, no bairro dos Coelhos, o quartel do Derby, Parque da Jaqueira.
As paróquias ligadas à Cúria também estão autorizadas a receber as doações.

Vale lembrar também que as doações de água devem ser feitas em garrafas pequenas de 1/2, 1 ou 2 litros para facilitar a distribuição.
Lembre-se, que se cada um de nós doar um pouco, esse pouco já é muito para que esta sem NADA.


Todos nós temos condições de doar, afinal de contas o Pernambucano tem a fama de boa gente e de bom coração.

(Repassem esse aviso ao maior número de pessoas possível de sua rede de relacionamento.)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Morre Zilda Arns


Hoje, 13/01/2010, o mundo acordou mais pobre e solitário.

Morreu Zilda Arns.

Médica pediatra e sanitarista, por profissão. Mãe de cinco filhos, avó de nove netos e irmã de dom Paulo Evaristo Arns, por familiaridade. Fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, por crença na humanidade.

Por sua atuação em programas de responsabilidade siocial, recebeu diversas menções especiais e títulos de cidadã honorária no país, inclusive uma indicação ao Prêmio Nobel da Paz em 2006.

Formada em medicina, aprofundou-se em saúde pública, visando salvar crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência em seu contexto familiar e comunitário. Podemos atribuir-lhe a vocação para a invenção, já que inventou a multi-mistura, como complemento alimentar de combate a desnutrição infantil. Inventou métodos simples, rápidos e baratos para medição de peso e controle familiar. Muitas de suas "invenções" são adotadas nos PSFs brasileiros e em muitos outros paises.

Compreendendo que a educação revelou-se a melhor forma de combater a maior parte das mazelas sociais, desenvolveu uma metodologia própria de multiplicação do conhecimento baseada na interação humana.

A sua prática diária como médica pediatra do Hospital de Crianças César Pernetta, em Sua experiência fez com que, em 1980, fosse convidada a coordenar a campanha de vacinação Sabin, para combater a primeira epidemia de poliomielite, que começou em União da Vitória, no Paraná, criando um método próprio, depois adotado pelo Ministério da Saúde.

Em 1983, a pedido da CNBB, criou a Pastoral da Criança juntamente com dom Geraldo Majella Agnelo. No mesmo ano, deu início à experiência a partir de um projeto-piloto em Florestópolis, Paraná. Em vinte e cinco anos de atividades, a pastoral acompanhou 1 816 261 crianças menores de seis anos e 1 407 743 de famílias pobres em 4060 municípios brasileiros.

Zilda Arns morreu atingida por uma pedra de concreto dentro de uma Igreja no Haiti, quando se preparava para uma palestra sobre a Pastoral da Criança na Conferência dos Religiosos do Caribe.

Ela foi uma guerreira pela Responsbilidade Social. E, por sua atitude, peço uma salva de palmas.

domingo, 10 de janeiro de 2010

É tudo uma questão de cultura.


Há uns dias atrás, durante a correria das compras de final de ano, estava num dos shoppings da cidade quando conheci um senhor falante, muito “gente fina”.
A conversa começou pela dificuldade de arranjar uma mesa para fazer um lanche. Nosso comentário ficava em torno das pessoas que ocupavam as mesas, com mais cadeiras que as quatro convencionais, eram 6, 8 e até mais pessoas para por a conversa em dia, sem darem a mínima para aqueles que pretendiam fazer uma refeição.
Conseguimos por fim uma mesa e continuamos a conversa. Ele um engenheiro de segurança do trabalho, trabalhando numa industria no complexo de Suape, casado e com um filho começando o curso de Fisioterapia.
Por falar que trabalhava em Suape, direcionei nossa conversa para a questão ambiental. Foi uma grande conversa.
Ao final do lanche, nos dirigimos ao quiosque para pagar o estacionamento e fomos para o piso em que os carros estavam estacionados.
Qual foi minha surpresa, quando ele se dirigiu a uma vaga reservada para idoso, deficiente ou gestante. Por brincadeira perguntei: Rapaz que é isso? Usando uma vaga especial? Não me diga que você está grávido?
E como resposta ouvi: "Como ninguém estava vendo, ai eu deixei aqui!".

Me despedi e sai de fininho.
A responsabilidade social começa necessáriamente pelas pequenas coisas. São coisinhas do cotidiano que fazem a grande diferença: Não jogar lixo no chão, agradecer a que te presta algum tipo de serviço, respeitar aos que por algum motivo tem a redução ou dificuldades em sua capacidade de locomoção, facilitar o caminho de quem saí do elevador e só depois entrar.

Levar vantagemem tudo realmente não combina com "gente fina".