segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Educação (formação)



Havia planejado abrir uma conversa sobre educação.
Não educação propriamente dita, mas sobre um dos aspectos que influenciam negativamente o aprendizado.
E nesse caminho esbarrei em algo muito sério: Onde começam os problemas de aprendizado.
Começamos pelo grupo familiar. No passado, os pais cobravam de seus filhos que o estudo fosse a sua prioridade, acompanhavam seus afazeres e seus os resultados junto aos professores.
O comportamento familiar também era outro. As pessoas se reunião à mesa para fazer as refeições em conjunto e por os assuntos em dia. Os pais faziam então o que hoje chamamos de monitoramento, Verificando as ações antes de seu encerramento.
Hoje, os pais ou não acompanham mais o dia a dia de seus filhos, talvez pela falta de tempo, talvez por dar outra prioridade as suas vidas. Tem uma visão distorcida do professor, atribuindo-lhe a imagem de algoz de seus “anjinhos”.

O grupo afetivo, parentes, amigos, etc., também tem influência. Basta uma pessoa não gosta do seu trabalho (e isso é mais comum que se podemos pensar), para tentar por na cabeça dos outros que trabalhar é ruim, que todo trabalho é escravidão. Argumenta que não adianta estudar, pois tudo isso vai acabar com a liberdade. E justifica tudo dizendo que a única coisa boa que há no trabalho (ou nos estudos) é encontrar com os amigos e tomar todas...

Há ainda os exemplos públicos, de pessoas “bem sucedidas” com pouco trabalho, que nos chegam pela mídia, principalmente na música e no futebol. Gente com nível de instrução bem baixo e que ganha rios de dinheiro. Exibe e esbanja o sonho de consumo da grande maioria, tais como grandes casas, carrões, festas... nos fazem crer que a vida é feita só de prazeres.

Toda essa carga acaba batendo dentro das salas de aula, traduzida em indisciplina, manha, vícios e a mais absoluta falta de respeito, para com o próximo e ao patrimônio público e privado.
Alunos em sala de aula com as atenções voltadas para seus celulares, MP3, MP4... MPx. A aula se torna apenas um ponto de encontro para que a tribo decida o será feito naquele dia.

Escolas depredadas, com manutenção precária, alunos rebeldes sem perspectiva e sem motivação, professores amedrontados, incrédulos das mudanças tão necessárias.

Este é o ambiente onde o professor tem que trabalhar.
É nesse terreno que ele tem que plantar informação e esperar brotar conhecimento.

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