quarta-feira, 15 de julho de 2009

Profissões do passado com atualizações para o futuro


Não faz muito tempo, mas os supermercados não tinham a parafernália eletrônica que tem hoje. Entre os anos 70 e 80, os caixas de supermercado tinham que ter uma tremenda habilidade para digitar, valores e códigos em suas máquinas registradoras. Hoje operam um PDV, interligado a um terminal ótico, a uma balança digital e a um leitor de cartão, seja de tarja magnética ou chip. Isso fez com que a atividade de caixa fosse completamente modificada. O caixa de hoje (quase) não precisa mais digitar nada, a não se a quantidade repetida de um item. Apenas ele expõe o código de barra do produto ao leitor e a sua frente ele já tem o item e o seu valor unitário. Ao fechar a compra, lhe é dado o valor total. Se pago em dinheiro, ai sim ele tem que digitar um pouquinho, informa o valor recebido e lhe é apresentado o troco a ser passado.
E os mecânicos, quanta diferença. Hoje sua principal ferramenta é um pequeno computador portátil, que lê na central de comando dos veículos os registros dos sensores, e aponta o que há de errado ou para falhar em breve. Antigamente, cerca de 20 anos atrás, era bem diferente. Quase tudo se baseava na experiência do mecânico e a solução vinha pelo método da tentativa e erro.
Os vendedores substituíram os seus blocos de pedidos por palmtop e tem conectividade para colocar os pedidos na linha de produção “on time”.
E o chaveiro, quem diria que poderia ser atualizado. Há no mercado atual cortadoras de chaves baseadas em CNC e corte por imagem, com duplicação de códigos eletrônicos (chips). Os fabricantes de carimbos os fazem diretamente num editor gráfico integrada a uma máquina faz o corte da borracha.
Porcesso semelhante acontece nas gráficas. Imensas plotadoras fazem o serviço das antigas prensas.
Os desenhistas, não pegam mais em canetas de nanquim, nem têm mais que saber manusear uma régua T, esquadros e transferidores. Hoje com os programas de CAD usam só uma tela de computador, um mouse e uma mesa digitalizadora.

Outra profissões não tiveram essa chance. Amoladores de tesoura, afiadores de facas, sineiros e reparadores de panelas.
Essas profissões se tornaram tão descartáveis quanto os produtos que elas beneficiaram um dia.
Quanto ao trabalho no campo, a modernização vem sendo caracterizada pela troca do homem pela máquina e não por sua qualificação e especialização, podendo neste caso, a modernização ser considerada uma atividade predatória.

André Maia

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